/

Marcelo não ganha à primeira volta

2

Paulo Cunha / Lusa

Marcelo Rebelo de Sousa

Marcelo Rebelo de Sousa

Uma nova sondagem divulgada esta sexta-feira mostra que Marcelo Rebelo de Sousa continua à frente na corrida a Belém, com 48% das intenções de voto, situação que no entanto não o impede de ir a uma segunda volta.

Uma projeção realizada pela Eurosondagem para a SIC e para o Expresso revelou que, se as Presidenciais fossem hoje, Marcelo Rebelo de Sousa venceria com 48% dos votos e, por isso, haveria a necessidade de uma segunda volta.

Logo atrás ficariam os candidatos socialistas, com Maria de Belém (18,9%) em segundo lugar e, de seguida, o antigo reitor Sampaio da Nóvoa (16,7%), com uma diferença de apenas 2,2 pontos percentuais.

Do lado da esquerda, a candidata do Bloco, Marisa Matias surge à frente com 6,9% das intenções de voto, seguida do comunista Edgar Silva (5,2%).

Henrique Neto (2,2%) e Paulo Morais ( 1,1%) ocupam os últimos lugares nesta sondagem.

Esta projeção surge dias depois de Cavaco Silva, o atual Presidente da República, ter marcado as próximas eleições Presidenciais para 24 de janeiro do próximo ano.

Em declarações aos jornalistas esta sexta-feira, antes de uma audiência com a Confederação do Comércio e Serviços, o professor foi questionado sobre se acredita numa segunda volta, respondendo que quando era comentador político achava que esse era um cenário inevitável mas que, neste momento, com os dados de que dispõe, admite que “possa não haver”.

Sobre a data para a qual foram marcadas as eleições presidenciais, o candidato a Belém considerou que esta é razoável, realçando que “pareceria muito insensato ser mais tarde porque se houvesse algum problema jurídico no processo eleitoral não haveria muito tempo até 9 de março”.

“O novo Presidente toma posse no dia 9 de março. Em teoria ao menos há uma segunda volta que tem que se realizar três semanas depois. 24 de janeiro dá segunda volta a 14 de fevereiro”, elencou, considerando que Cavaco Silva “decidiu na linha do que têm sido as últimas eleições que é à volta de 20 de janeiro”.

Sobre se gostaria de ter o apoio do PSD numa primeira volta, Marcelo Rebelo de Sousa reiterou que a sua candidatura “é independente” e que está “aberto a todos os apoios”, não pedindo “apoios a ninguém”, sejam eles partidos ou grupos de cidadãos, mas aceita quem o quiser apoiar.

“Mas isso não retira um milímetro à independência da minha candidatura porque também disse mais de uma vez: o Presidente não é um líder partidário. O Presidente existe para unir os portugueses e para representar todos os portugueses”, assegurou.

Passos apoia Marcelo

Em entrevista à RTP, durante a noite desta sexta-feira, Passos Coelho afirmou, citado pelo jornal Sol, que o Conselho Nacional do PSD só irá tomar uma posição de apoio a algum dos candidatos em dezembro.

No entanto, salientou que, “na área do PSD, o professor Rebelo de Sousa é o que tem mais possibilidades de ter uma garantia/candidatura mobilizadora”.

“Não tenho dúvidas de que o professor Marcelo Rebelo de Sousa corporiza bem um conjunto de valores e tem uma perspetiva sobre a democracia portuguesa, a economia social de mercado, a inserção na UE e no euro e a vocação atlantista da política externa do país, que as pessoas da minha área política sentir-se-ão bem representadas. Acho que quaisquer dúvidas se dissiparão no futuro para quem possa estar desagradado”, afirmou.

ZAP / Lusa

2 Comments

  1. Sempre achei muita piada aos dependentes que conforme a onda são independentes.
    Chama-se a isto em bom português “Mandar areia para os olhos”
    Mais um com olho de Rei neste país de cegos!

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.