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Marcelo diz que campanha de Costa “está nas mãos” de Sócrates

PSD / Flickr

Marcelo Rebelo de Sousa

Marcelo Rebelo de Sousa

O comentador político e ex-presidente do PSD Marcelo Rebelo de Sousa afirmou hoje estar “nas mãos de José Sócrates facilitar ou dificultar a vida de António Costa” na campanha eleitoral para as legislativas até 04 de outubro.

Em visita à 39.ª Festa do “Avante!”, no Seixal, Marcelo Rebelo de Sousa dividiu a sua análise sobre a recente decisão relativa ao processo judicial que envolve o antigo primeiro-ministro socialista entre a “decisão judicial” e a sua “repercussão política”, confessando ter tido “forte convicção” de que o juiz decidisse “um bocadinho mais cedo”, “não em cima da campanha e dos debates”, como aconteceu.

“Do ponto de vista político, vai depender de muita coisa, de haver acusação até às eleições ou não. Se houver, é evidente que o teor da acusação vai estar na cabeça dos portugueses”, disse, simplificando depois: “se ele disser qualquer que tem a ver com a campanha imediatamente passa a ser um assunto de campanha”.

Está nas mãos de José Sócrates facilitar ou dificultar vida de António Costa”, diz o jurista.

Marcelo Rebelo de Sousa elogiou a postura dos atuais secretário-gerais de PS e PCP, respetivamente António Costa e Jerónimo de Sousa, por terem afirmado que não vão misturar política com justiça, tal como a coligação PSD/CDS-PP.

José Sócrates está desde sexta-feira em prisão domiciliária, em Lisboa, depois de nove meses e meio de prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Évora, no âmbito da chamada Operação Marquês.

O ex-primeiro-ministro foi detido a 21 de novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa, indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito.

A decisão de alterar as medidas de coação do antigo primeiro-ministro, o único dos arguidos da “Operação Marquês” que ainda estava na cadeia, foi anunciada na sexta-feira pelo Tribunal da Comarca de Lisboa.

Os advogados de defesa de Sócrates já afirmaram ser “insuficiente” esta alteração na medida de coação imposta ao ex-primeiro-ministro e anunciaram que vão recorrer da decisão.

/Lusa

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