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Mais um caçador americano suspeito de matar um leão no Zimbabué

Um segundo caçador norte-americano está envolvido na polémica da caça de animais selvagens no Zimbabué, por ser suspeito de ter caçado um leão em abril, sem autorização. O promotor do safari está a ser ouvido pela Polícia.

Foi anunciada este sábado a detenção de Headman Sibanda, proprietário da agência Nyala Safaris, responsável pela caçada durante a qual terá sido morto um leão, no passado mês de abril, por um caçador norte-americano.

“Ficou comprovado que o seu cliente era também um norte-americano que visitou o Zimbabué em abril”, indicou o governodo Zimbabué, em comunicado, ao mesmo tempo que a autoridade dos parques nacionais confirmou que se tratou de uma caça ao leão.

“O caso Headman Sibanda está ligado a um leão que foi morto por outro norte-americano”, afirmou à France Présse Caroline Washaya-Moyo, porta-voz da autoridade dos parques nacionais, Zimparks.

Sibanda está a ajudar as autoridades nas investigações, de acordo com as autoridades governamentais, tendo o proprietário da agência revelado a identidade do caçador. Trata-se de Jan Cismar Sieski, originário da Pensilvânia, Estados Unidos.

O governo do Zimbabué ordenou um “inquérito alargado a toda a indústria da caça” no país, depois do escândalo da morte do velho leão de juba negra, Cecil, caçado em zonas próximas da reserva de Hwange, onde nasceu, por Walter James Palmer, um norte-americano que caçava com arco e flecha.

Já foram anunciadas restrições imediatas à caça em todas as zonas limítrofes do parque de Hwange, salvo se os caçadores obtiveram uma autorização especial, escrita, para o efeito.

O governo já anunciou este domingo que os caçadores que se encontrem na região do parque devem abandonar o local imediatamente e anunciou uma reunião de crise com os profissionais do setor e associações de defesa da natureza, a realizar na terça-feira na sede da Zimparks.

Cecil projectado no Empire State Building

Entretanto, em Nova Iorque, uma fotografia gigante de Cecil, o leão do Zimbabué, esteve este sábado a ser projetada na fachada do Empire State Building, num espetáculo sobre animais em vias de extinção.

Projetar a Mudança no Empire State Building” é o nome da iniciativa, criada para aumentar a consciência sobre a situação dos animais em vias de extinção.

O vídeo, com a duração de oito minutos e que passava as imagens em looping, podia ser visto de muito longe e, na noite de sábado, encontravam-se muitos nova-iorquinos a tirar fotografias mesmo estando a 20 quarteirões de distância.

O projeto foi idealizado por Louie Psihoyos, fundador da Oceanic Preservation Society e realizador do premiado documentário “The Cove”, que retrata a indústria de caça dos golfinhos no Japão, que venceu um Óscar em 2009.

Já em 2011, a parte superior do icónico edifício nova-iorquino tinha sido iluminada de vermelho para simbolizar o sangue do abate retratado em “The Cove”.

/Lusa

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