Mais de 5 mil mortos confirmados no Nepal

Narendra Shrestha / EPA

As violentas réplicas do sismo causam pânico junto da população nepalesa

As violentas réplicas do sismo causam pânico junto da população nepalesa

O primeiro-ministro do Nepal, Sushil Koirala, decretou esta terça-feira três dias de luto nacional em memória das vítimas do forte sismo que afetou no sábado aquele país e que provocou, até ao momento, mais de cinco mil mortos.

“Em memória dos nepaleses, dos irmãos e das irmãs estrangeiras, dos idosos e das crianças que perderam a vida no sismo mortífero, decidimos observar três dias de luto nacional a partir de hoje”, afirmou Sushil Koirala, durante uma intervenção transmitida pela televisão, na qual também agradeceu aos doadores internacionais que prestaram ajuda ao povo nepalês.

Segundo o mais recente balanço do Ministério do Interior nepalês, hoje divulgado, o número oficial de mortos na sequência do sismo situa-se nos 5.057.

O forte abalo, de magnitude 7,8 na escala de Richter, também fez 10.915 mil feridos, precisou, em declarações à agência francesa, o responsável pelo departamento de gestão de catástrofes do ministério nepalês, Rameshwor Dangal.

As autoridades nepalesas informaram ainda que existem, até ao momento, mais de 450 mil deslocados internos.

O anterior balanço dava conta de 4.358 vítimas mortais e de 8.174 feridos.

O sismo foi registado no sábado e teve o epicentro a cerca de 80 quilómetros da capital nepalesa de Katmandu.

O abalo foi sentido noutros países, como Índia, Bangladesh e China, e provocou avalanchas nos Himalaias. Quase cem réplicas, com uma intensidade que oscilou entre 4 e 6 graus, foram sentidas depois do sismo.

As operações de resgate no Nepal continuam a estar dificultadas por causa das más condições meteorológicas e pelas grandes carências deste país asiático para responder a um desastre destas dimensões.

Os trabalhos de resgate também estão a ser uma corrida contra o tempo. A Equipa de Coordenação e Avaliação de Desastres das Nações Unidas (UNDAC) alertou que o tempo se está a esgotar para encontrar pessoas com vida.

Arjun Katoch, membro da UNDAC, referiu, em declarações à agência espanhola EFE, que é pouco provável que as pessoas se mantenham vivas após mais de 96 horas debaixo dos escombros, prazo que é hoje atingido.

O sismo de sábado foi o de maior magnitude registado no Nepal nas últimas oito décadas e o pior que a região viveu nos últimos 10 ano, desde que, em 2005, um forte abalo causou uma tragédia de grandes dimensões em Caxemira, com mais de 84.000 mortos.

/Lusa

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