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Maduro dá “umas horas” para que manifestantes abandonem praça em Caracas

Agencia de Noticias ANDES

Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro

Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez hoje um ultimato a manifestantes, que há mais de um mês ocupam uma praça da zona leste de Caracas, para que abandonem o local, advertindo que se não o fizerem ordenará a “libertação” da praça.

“Vou dar-lhes umas horas apenas, aos ‘chucky‘ (boneco assassino que protagonizou um filme de terror), aos assassinos que têm tomada a Praça de Altamira e a avenida Francisco de Miranda. Se não se retirarem libertarei esses espaços com a força pública. Vou dar-lhes umas horas para que vão para casa”, afirmou Nicolás Maduro durante uma marcha de apoio às Forças Armadas Venezuelanas e ao seu governo, que teve lugar na capital venezuelana.

Maduro precisou que “as autoridades identificaram quase 60 chucky’s responsáveis por atos de vandalismo”.

“Já os temos identificados por vídeo e há alguns capturados. Vamos capturar os violentos, terroristas, assassinos”, disse o Presidente venezuelano, sublinhando que as autoridades atuarão “com a Constituição no coração e respeitando todos os direitos humanos”.

“Mas o primeiro direito humano que vamos fazer respeitar é o direito a circular dos residentes nessa zona de Caracas, o direito das crianças de irem à escola, o direito ao trabalho, à saúde, esses são o primeiro direito humano”, afirmou.

Nicolás Maduro frisou ainda que alguns porta-vozes da oposição negam-se a participar nas iniciativas de diálogo nacional promovidas pelo seu governo, por estarem comprometidos com a violência e com tentativas de “golpe de Estado continuado” para derrubar o seu governo.

“As portas de Miraflores (palácio presidencial) estão abertas e espero, mais cedo que tarde, apertar as mãos de todos os jovens dirigentes da direita universitária venezuelana (…) vou recebe-los com amor, compreensão e prometo a máxima paciência para ouvir o que queiram dizer”, disse.

A Venezuela é palco, há mais de um mês, de protestos diários, durante os quais pelo menos 28 pessoas morreram e várias centenas de ficaram feridas.

Vídeo: Maduro compara os manifestantes a “chuckies”

 

ZAP/Lusa

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