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Libéria suspende campeonato de futebol para evitar propagação do Ébola

d.r. liberiansoccer.com

Patrick Ronaldinho Wleh, jogador do PKNS FC

Patrick Ronaldinho Wleh, jogador do PKNS FC

A Libéria anunciou esta terça-feira a suspensão de todas as atividades de futebol para controlar a propagação do vírus mortal Ébola, doença que está a atingir países da África Ocidental onde já morreram 672 pessoas, segundo as Nações Unidas.

A medida prende-se com eventual risco de infeção por o futebol ser um desporto de contato, indicou uma fonte da associação de futebol liberiana, citada pela BBC.

A Libéria, a Serra Leoa e a Guiné Conacri foram os primeiros países afetados pelo novo surto que está também a atingir a Nigéria, que registou na semana passada a primeira morte causada pelo Ébola.

Um médico norte-americano,  Kent Brantly, da organização cristã norte-americana Samaritan’s Purse, encontra-se hospitalizado e isolado do resto da equipa do hospital EWLA em Monróvia, que está a prestar assistência às vítimas do Ébola na Libéria.

kent.brantly / Facebook

O médico Kent Brantly, 33 anos, com a famíla

O médico Kent Brantly, 33 anos, com a famíla

Brantly é diretor do centro de apoio aos casos de Ébola do Samaritan’s Purse na Libéria, onde a organização mantém o trabalho em coordenação com as autoridades locais e outros grupos internacionais no sentido de conter a epidemia que se manifesta por hemorragias, vómitos e diarreias.

Na sexta-feira, as autoridades nigerianas confirmaram o primeiro caso mortal do vírus Ébola em Lagos, a cidade mais populosa de África, ao anunciarem a morte de um cidadão liberiano que se encontrava em regime de quarentena.

O doente, com 40 anos, chegou no domingo à capital económica nigeriana proveniente de Monróvia, via Lomé, no Togo. Foi hospitalizado após violentos vómitos e diarreias.

O liberiano foi colocado em regime de quarentena por apresentar sintomas associados ao vírus Ébola, que já vitimou 672 pessoas desde o início da epidemia na África ocidental, há alguns meses, incluindo 127 na Libéria.

No dia 20 de julho, a Organização Mundial de Saúde indicou que se registaram 1.093 casos durante os últimos seis meses, entre os quais se verificou a morte de 660 pessoas – a pior crise de Ébola de sempre.

Ainda não existe uma vacina homologada contra o Ébola, cujo primeiro caso foi registado em 1976 no Zaire, atual República Democrática do Congo, onde a doença adotou o nome de um rio do país.

/Lusa

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