Justiça sul-coreana recusa prender herdeiro da Samsung

samsungtomorrow / Flickr

O herdeiro da Samsung Lee Jae-Yong

O herdeiro da Samsung Lee Jae-Yong

A justiça sul-coreana rejeitou esta quinta-feira emitir um mandado de prisão contra Lee Jae-Yong, um revés para os investigadores que trabalham no caso de corrupção que já levou à destituição da Presidente.

A equipa especial de investigadores tinha criado uma onda de choque no conglomerado sul-coreano ao pedir a prisão de Lee Jae-Yong, de 48 anos, por suspeita de corrupção, abusos de ativos da empresa e perjúrio.

O Ministério Público sul-coreano apresentou na segunda-feira ao tribunal um pedido de detenção do herdeiro da Samsung por subornos ligados ao escândalo de corrupção que já levou à destituição da Presidente Park Geun-Hye.

Em comunicado, os investigadores do Ministério Público informaram que pediram ao tribunal de Seul que emitisse um mandado de detenção para Lee Jae-Yong, filho do presidente da Samsung, Lee Kun-Hee.

Na semana passada, Lee Jae-Yong foi declarado suspeito na investigação ao escândalo de corrupção que envolve a Presidente destituída da Coreia do Sul.

O caso está centrado em Choi Soon-Sil, amiga de Park Geun-Hye, que é acusada de usar a sua ligação à Presidente para coagir grandes empresas a “doar” dezenas de milhões de dólares a duas fundações sem fins lucrativos, que Choi depois usava.

A Samsung foi o maior doador destas fundações.

O Ministério Público acredita que a Samsung assinou um contrato de 22 milhões de wones (cerca de 17,5 milhões de euros) com uma empresa com sede na Alemanha, que era propriedade de Choi, e deu também apoio financeiro para que a sua filha ali praticasse hipismo e adquirisse cavalos.

O grupo também doou 20.400 milhões de won (16,3 milhões de euros) a uma fundação alegadamente controlada por Choi e estabelecida para extorquir grandes conglomerados do país.

A decisão da justiça sul-coreana, escreve a AFP, pode frustrar os investigadores que desejam ouvir rapidamente Park, destituída pelo parlamento a 9 de dezembro.

Um porta-voz qualificou a decisão de “bastante lamentável”, garantindo, no entanto, que a equipa de investigadores “continua a investigação sem vacilar”.

// Lusa

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