Jovem detido na Cova da Moura acusa polícia de violência e racismo

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Thomas Hawk / Flickr

Um dos cinco jovens que foram detidos na semana passada na Cova da Moura, bairro problemático da Amadora, acusa a polícia de o ter agredido física e verbalmente.

“Bateram-me com o cassetete, davam pontapés. Diziam-me para me candidatar ao Estado Islâmico. Chamavam pretos, macacos, que iam exterminar a nossa raça”, conta Bruno Lopes, de 24 anos, em declarações ao jornal Público.

As circunstâncias relatadas pelo jovem terão ocorrido na esquadra da PSP de Alfragide, depois de ter sido detido em frente a um café da Cova da Moura. Bruno Lopes alega que foi encostado à parede por um agente, sem qualquer razão, e que depois foi agredido por outros dois sem oferecer “resistência alguma”, como frisa o Público, antes de ter sido detido.

Tudo aconteceu na passada quinta-feira, 5 de Fevereiro, e Bruno Lopes foi libertado na sexta-feira, depois de ter sido acusado de ter arremessado uma pedra contra uma carrinha da polícia – um dado que o jovem nega, citado pelo Público. “Se estava a ser revistado, como é que podia ter lançado uma pedra?”, refere para refutar as acusações das autoridades.

A actuação da PSP está a ser alvo de um inquérito interno, lançado na própria esquadra de Alfragide, mas também é motivo de averiguações no seio da Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI).

Na Cova da Moura, a certeza do excesso de violência dos agentes é inabalável. A cabo-verdiana Jailza Sousa, de 29 anos, que foi atingida por duas balas de borracha na nádega e no peito, quando estava com o filho, sublinha que não fez nada para motivar esta reacção de um agente. Ela diz que o filho está “traumatizado” e conta que viu Bruno Lopes “a levar chapadas” da polícia sem que o jovem revelasse qualquer postura agressiva.

SV, ZAP

3 Comments

  1. A conversa é sempre a mesma imputar culpas aos agentes de autoridade com o argumento de racismo.Claro que só a ingenuidade nos fará acreditar no argumento tão estafado. Estas pessoas com comportamentos fora do normal deverãoser tratados como cidadãos que ignoram completamente as boas normas cívicas de convivência.Assim que a Lei (igual para todos) actue com proficiência.

  2. E alguém acredita? coitado do rapaz, estava ali na vida dele e do nada o guarda foi arriscar a carreira só porque lhe apeteceu dar porrada em alguém, dando comentários racistas onde provavelmente tem colegas negros…

    Não levou mas devia ter levado que quando sair vai estar a assaltar ou a passar droga

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