Jogar à forca e fazer rimas ajuda crianças com dislexia

spies, emanuele spies / Flickr

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Brincadeiras como o jogo da forca, procurar letras, sílabas e palavras em revistas, ou fazer rimas, ajudam as crianças a ultrapassar problemas de dislexia, defende o especialista em apoio terapêutico-pedagógico Renato Paiva.

Da mesma forma, cantigas e lengalengas com números ou jogos de tabuleiro, como o Monopólio, são considerados “essenciais” para crianças com dificuldades em matemática.

No livro O Segredo para Alcançar o Sucesso na Escola, que vai ser lançado na quinta-feira, o autor desafia os pais a espalharem espuma de barbear numa mesa e pedirem aos filhos para desenharem sílabas ou letras. Ao professor, recomenda que em vez de salientar que o aluno cometeu 14 erros, realce antes que escreveu correctamente 76 palavras.

Para uma criança hiperactiva, o especialista recomenda aos professores que lhe atribuam tarefas curtas e que trabalhem matérias mais difíceis de manhã, quando o aluno está mais concentrado.

Renato Paiva sublinha também a importância de elogiar os momentos em que a criança com um problema de atenção consegue estar atenta, “evitando chamar a sua atenção sempre que está desconcentrada”. Esta técnica revela-se “uma óptima mais-valia”, considera.

A obra, dirigida a estudantes, pais e professores, aborda problemas de dislexia, erros de ortografia, dificuldades nos cálculos matemáticos, pouca atenção nas aulas, bem como falta de confiança e motivação. O autor preconiza ainda exercícios de treino da respiração que ajudam os alunos a conseguir uma maior concentração nos testes.

“Não há fórmulas, nem pílulas mágicas que resolvam estas dificuldades. No entanto, há estratégias que podem servir de orientação e suporte aos pais que querem apoiar os filhos”, escreve Renato Paiva.

/Lusa

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