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João Soares demite-se

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Michał Koziczyński / Wikimedia

O ministro da Cultura, João Soares

O ministro da Cultura, João Soares

O ministro da Cultura, João Soares demitiu-se esta sexta-feira das suas funções no Governo, invocando razões de solidariedade com o executivo. Costa já aceitou.

“Torno público que apresentei esta manhã ao senhor primeiro-ministro, António Costa, a minha demissão do XXI Governo Constitucional. Faço-o por razões que têm a ver com a minha profunda solidariedade com o Governo e o primeiro-ministro, e o seu projeto político de esquerda”, salienta João Soares em comunicado.

No comunicado, João Soares sublinha “o privilégio que representou” para si ter integrado este Governo.

“E ter trabalhado com o primeiro-ministro, a quem agradeço a confiança. Demito-me também por razões que têm a ver com o meu respeito pelos valores da liberdade. Não aceito prescindir do direito à expressão da opinião e palavra“, acrescenta.

O pedido de demisão já foi aceite pelo primeiro-ministro António Costa, que afirmou respeitar a decisão de João Soares.

António Costa indicará, nos próximos dias, um nome de uma personalidade ao Presidente da República, mas assumiu ainda não ter pensado em nomes para substituir Soares no cargo de ministro da Cultura.

“Queria agradecer toda a colaboração que ele deu”, disse Costa, que se encontra no Porto. “Respeito a avaliação e a decisão do dr. João Soares e agradeço o seu empenho e dedicação ao Ministério da Cultura”, referiu o primeiro-ministro.

“Foi um grande vereador da Cultura na Câmara de Lisboa e tenho a certeza que se tivesse tido a oportunidade de prosseguir o seu trabalho durante quatro anos seria conhecido com um grande ministro da Cultura”, afirmou.

Questionado pelos jornalistas sobre a avaliação feita pelo ministro da Cultura na sequência das suas declarações feitas no Facebook, Costa respeondeu: “As coisas são como são. Cabe-me aceitar.

“‘Tempo velho’ na Cultura”

Esta quinta-feira, João Soares reagiu a um artigo de opinião de Augusto M. Seabra escrevendo no seu Facebook que gostaria de encontrar Augusto M. Seabra “e já agora ao Vasco Pulido Valente”, cronistas do Público, para lhes dar “salutares bofetadas”.

António Costa chegou a pedir desculpas pelas “bofetadas” prometidas por João Soares, alertando ainda os ministros de que devem “ser contidos na forma como expressam as suas emoções“, nomeadamente nos “novos espaços comunicacionais”, como as redes sociais, que “não são de conversa privada nem reservada e tornam-se naturalmente públicos”

“Enquanto membros do Governo, nem à mesa do café podem deixar de se lembrar que são membros do Governo”, afirmou António Costa à entrada para o Teatro da Comuna, em Lisboa, para assistir à estreia da peça “O Último dos Românticos”.

Não comentando se mantinha ou não a confiança no ministro, Costa pediu também desculpas públicas aos dois cronistas visados.

“Tanto quanto sei o doutor João Soares já pediu desculpa aos visados pela forma como se expressou. Eu pessoalmente, quero também expressar publicamente desculpas a duas pessoas, a Augusto M. Seabra, por quem tenho particular estima, e a Vasco Pulido Valente, por quem tenho consideração”, afirmou António Costa.

Contactado pela agência Lusa, Augusto M. Seabra considerou “inqualificável que, para além da ameaça de agressão física, para mais vinda de um ministro, tenha usado as redes sociais para responder, dessa forma, àquilo que é um exercício legítimo de um texto de opinião”.

Para o colunista e fundador do Público, a reação de João Soares “atenta contra a liberdade de expressão e os direitos constitucionais dos cidadãos”.

Vasco Pulido Valente, por sua vez, afirmou apenas: “Cá fico à espera das bofetadas“.

ZAP

22 Comments

    • Agora não tem tempo estão ocupados com o teu coelho trapaça e o moço dele que chefia o vosso bando da assembleia cuja mentora é a marilú swap.

  1. PEDIU A DEMISSÃO,PRONTO.
    esperemos que não se continue a ocupar tempo e espaço, com estas três criaturas :ex-ministro e os dois articulistas,ao fim e ao cabo, os três umas “baratas tontas”.Quando existem tantas questões, que é mister serem debatidas,.
    Oxalá.

  2. De facto era o mínimo que deveria fazer depois da sua atuação desastrosa e das gafes que cometeu. Nunca foi grande e sai pela porta pequena. Vamos aguardar desenvolvimentos.

  3. Que pena… gerir o MC à bofetada era capaz de vir a dar muito maus resultados! Nem compreendo como foi lá parar… (compreender, compreendo…) “Não aceito prescindir do direito à expressão da opinião e palavra“ – Sim! Mas com educação e respeito pelos outros, sejam eles quem forem!

  4. Este MAÇÓNICO não tem por onde cair, agora está á espera de outro empreguesito, é um homem sem qualquer formação e mal educado, nunca devia ter entrado no Governo, ele e mais alguns, mas graça a Deus vão saindo.
    Agora espera que a Maçonaria lhe arranje emprego? Mas o que ele sabe fazer!!!???
    Esse tipo ameaçar um jornalista cronista que lhe dava bofetadas, mas ele só o diz porque tem seguranças senão já tinha a fronha partida!
    GRAÇAS A DEUS SAIU ESTE MAL EDUCADO E SEM ATITUDE E COMPORTAMENTO!

  5. Mas este pançudo demitiu-se porquê? Ele deveria ir para ministro da indústria (dos diamantes) que disso é que ele pode perceber alguma coisa. Deve perceber tanto de cultura como eu de dizer missa. Mete-te pelo chão abaixo e desaparece! Para chulo já basta o teu pai!!!

  6. Não aprendi nada com os comentários aqui produzidos. A maioria das pessoas são boas a comentar como comentam, tipo fora o árbitro, na maior parte escondidas atrás do computador. Não tem cultura para mais ( 60% dos portugueses são iletrados).
    Claro que não lhes vou dar o prazer de aprenderem alguma coisa pois isso paga-se. Crise oblige

  7. Bem vistas as coisas até talvez se tenha perdido um ministro disciplinador tipo bruta-montes bem ao género do papá para dar umas bofetadas de vez enquanto aos seus parceiros de governo, talvez assim entrassem melhor nos carris da realidade nacional.

  8. Esse tipo arranjou um tacho sem as capacidades para o exercer, o mesmo que o pai fez. Veio de França depois do 25 de Abril armado em bom, arranjou logo um grande tacho, pois a situação politica o permitiu, e só ajudou a pôr Portugal em baixo. Com conversinhas e ajudas de outros interessados em encher o próprio bolso, foi organizando a politica á maneira dele e dos outros, e foi enrolando o Zé povinho que ele é que era o bom.
    Quando chegou a altura de resolver o problema das colónias resolveu muito mal, pois o assunto devia ter sido resolvido por pessoas capazes e com bons resultados para os dois lados. Deixou tudo á deriva deixando que uns tantos também oportunistas se agarrassem ao poder lá, (e que ainda estão no poder) e que todos que quizessem vir para Portugal eram benvindos, isto sem haver infrastruturas convenientes para os receber, resultado: bairros mal arranjados e cheios de criminalidade…
    Sucesso !…………………….

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