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João Salgueiro diz que pode haver mais 3 bancos na “linha para serem resgatados”

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João Relvas / Lusa

João Salgueiro, ex-ministro das Finanças

O antigo ministro das Finanças João Salgueiro alerta que pode haver “mais três bancos na linha para serem resgatados” e avisa que subordinar o país “a tudo o que vem de fora” equivale a pôr de parte “a independência nacional”.

Em entrevista à Antena 1, João Salgueiro adverte que pode haver “mais três bancos na linha para serem resgatados”.

“O Banif é o primeiro alerta para nós mas como há outros bancos na linha para serem resgatados… O caso do Novo Banco? O caso do Novo Banco… pode ser o caso do BCP, pode ser o caso da Caixa [Geral de Depósitos], pode ser o caso de um banco mais modesto que pode ficar caríssimo também para os contribuintes, avisa.

Entretanto, durante a manhã de quinta-feira, o economista esclareceu em declarações ao Dinheiro Vivo que “os três casos são diferentes, não são todos um resgate. São três bancos em linha para acontecer o mesmo que ao Banif” (que foi intervencionado).

O dinamizador do novo manifesto sobre a banca que pretende adiar o prazo de venda do Novo Banco para 2019 questiona por que motivo uma nacionalização não pode ser uma solução, defendendo uma resposta que tome como exemplo a Suécia: “Faria como os suecos, nacionalização para assegurar a qualidade (…) e depois pode-se vender”.

O ex-presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) sustenta que é necessário um estudo elaborado por “um grupo independente que publique as alternativas”, considerando “o problema é suficientemente importante”.

“Já não temos muitos bancos portugueses para estarem a ser desbaratados por urgências que não sabemos que existem e por oportunismos que também não sabemos se não existem”, sublinha.

O economista considera que a forma como Portugal está a gerir a questão da Banca põe em causa a independência nacional: “Se acomodamos tudo e se nos subordinamos a tudo o que vem de fora, ponham a independência nacional de fora”.

“A União Bancária é um aborto. É um escândalo. É um desastre”, resume, afirmando não compreender como é que os governos embarcaram neste projeto europeu para o sistema financeiro.

O ex-ministro das Finanças de Francisco Pinto Balsemão também não aceita que Bruxelas não deixe capitalizar a Caixa Geral de Depósitos, afirmando que há empresas públicas em França e na Alemanha. “Então agora é proibido ter empresas públicas?”, questiona.

João Salgueiro é o dinamizador do Manifesto dos 51, um manifesto sobre a banca que pretende adiar o prazo de venda do Novo Banco para 2019 e que junta personalidades como Manuela Ferreira Leite, Freitas do Amaral, João Ferreira do Amaral e Rui Rio.

ZAP

13 Comments

  1. A idade tolda-lhes o discernimento e as ideias. Só esta e a do aeroporto em Alcochete não porque podiam dinamitar as pontes…

  2. Colocam os Alzheimeirs a falar …já não bastava o mal que fizeram ao país no passado. Mesmo assim alguém encomendou umas bocas e ele mandou as bocas….para beneficiar quem mandou as bocas

    • Acho que deve haver muito respeito quando se menciona certas doenças.
      Respeito pelos doentes e seus familiares, só quem passa por certas situações sabe dar o valor….
      Perdi o meu marido há seis meses com 62 anos com Alzheimeir. Foram seis anos de enorme sofrimento para ele, para o nosso filho e para mim.
      Não briquem com coisas muito sérias. Não sabem o dia de amanhã!!!!

  3. A máfia financeira internacional continua o seu objectivo, usando a escumalha de Bruxelas para conseguir os seus objectivos; vá lá que ainda há gente que está atenta e não vai em cantigas!…

  4. Ó Ele. Andas mesmo a ver muitos filmes. Por aqui já todos sabemos que na tua linda Venezuela é que é tudo bom. Só não percebo é porque não vais para lá.

    • Na Venezuela deves viver tu, tal é ateu claro desconhecimento da realidade europeia!!
      Mas a ignorância é mesmo assim, arrogante e triste!

  5. Não bastava a a banca rota em que o Sócrates deixou o país com mais esta ainda dos bancos sempre mais ou menos camuflada para não assustar tanto mas que se tem vindo a revelar com a queda de alguns bancos e que pelos vistos mais outros estão à beira do precipício.

  6. Ó “Dasse” o pior é que “Ele” tem razão, se te informasses melhor e visses com olhos de ver a décima parte dos documentários que eu já vi não eras tão céptico. Aliás agora os “Panamá Papers” são realidade porque se alguém comentasse isso antes de ser tornado público se calhar dizias que eram fantasias e coisas de “filmes”. Cego é quem não quer ver o que lhe está na frente dos olhos, começa a puxar o fio à meada e vais ver que te vais surpreender. A crise financeira é algo provocado pra enriquecer mais ainda os ricos e empobrecer a classe média e tornar paupérrimos os já pobres.

  7. Ahhh pois é …. Ó “Dasse” o pior é que “Ele” tem razão, se te informasses melhor e visses com olhos de ver a décima parte dos documentários que eu já vi não eras tão céptico. Aliás agora os “Panamá Papers” são realidade porque se alguém comentasse isso antes de ser tornado público se calhar dizias que eram fantasias e coisas de “filmes”. Cego é quem não quer ver o que lhe está na frente dos olhos, começa a puxar o fio à meada e vais ver que te vais surpreender. A crise financeira é algo provocado pra enriquecer mais ainda os ricos e empobrecer a classe média e tornar paupérrimos os já pobres. Democracia que nos impõem = escravatura dissimulada .

  8. É um escândalo que os gestores bancários, incluindo da CGD tenham ordenados anuais de milhões de euros e reformas a condizer, quando no fundo são uns incompetentes, como já se provou nos bancos que faliram. Não deviam ganhar mais do que o Presidente da República. Aliás alguns nem o salário mínimo nacional mereciam.

  9. Pois é João Sá mas vês sempre gente a vir aqui e noutros sítios defender esta escumalha, gente que não quer saber do Pais, gente que pelo que postam se percebe a milhas que pertencem aos partidos defendendo sempre uns ou outros consoante lhes interessa, e sim estes ordenados milionários para no final falirem são uma afronta a quem trabalha.
    Mais ,ninguém duvide que mais bancos vão acabar por cair e olhe que de finanças não percebo muito mas basta ver como o Pais anda a saque a muitos anos para perceber que vai acontecer.
    Acho graça a brava quando vejo aqui gente defender este ou aquele só porque é deste ou daquele partido em vez de defenderem o que é correto para o Pais, por todos estes e os que lá estão é que como Pais estamos bem fod…….

  10. Tenho de concordar com o Dasse. Corrupção, vigarices e coisas afins sempre houve e sempre vai haver. Daí a megateorias da conspiração e da cabala, não obrigado. O que muitos parecem não perceber é que a Europa perdeu a sua competitividade para outros. Nunca a África e a Ásia cresceram tanto como agora. No passado recente a disparidade entre um cidadão Angolano, Chinês e Brasileiro e os Europeus era enorme. Atualmente esta disparidade é muito mais reduzida. Bem sei que prefeririam continuar a viver bem mesmo que esses povos tivessem de continuar a viver com menos de 1 euro por dia. Mas esta é uma grande virtude da economia de mercado. Reduz as disparidades a nível global. Os Europeus (e já agora os Americanos) se querem manter o seu nível de vida têm de produzir mais, muito mais. Caso contrário continuarão a definhar.

    • Sim, sim… por isso é que, pela primeira vez na historia da humanidade, no final de 2015 1% da população mundial passou a deter 99% de toda a riqueza do mundo!
      Pois…
      Só por aí já se veem as “virtudes” da tal “economia de mercado” (mais conhecida como mafia financeira)!!

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