Joana Vasconcelos apresentou ao público o seu “Call Center” no ModaLisboa

DR Paulo Seabra, Joana-Vasconcelos / Facebook

"Call Center", de Joana Vasconcelos: uma pistola beretta feita com telefones antigos

“Call Center”, a obra de Joana Vasconcelos que dá nome à coleção primavera-verão 2015 de Filipe Faísca, utiliza dezenas de telefones fixos para construir uma gigante pistola Beretta. O músico Jonas Runa compôs uma sinfonia electro-acústica para os 168 telefones que compõem a obra.

O mais recente trabalho da artista plástica Joana Vasconcelos, ‘Call Center’, uma ‘joint-venture’ com o criador de moda Filipe Faísca e o músico Jonas Runa, foi este sábado apresentado pela primeira vez ao público num dos desfiles da ModaLisboa.

A peça de Joana Vasconcelos, uma gigante pistola Beretta composta por mais de uma centena de telefones fixos pretos de disco, foi montada na passerelle do Pátio da Galé e integrou o desfile da coleção de Filipe Faísca para a próxima estação.

A peça de Joana Vasconcelos e a coleção de Filipe Faísca foram criadas “ao mesmo tempo”, contou a artista plástica à Lusa momentos antes do desfile.

“O Filipe visitou o ateliê, expliquei-lhe o que estava a pensar fazer e ele falou também do que ia fazer. Avançámos com os projetos ao mesmo tempo”, disse.

DR Rui Vasco, ModaLisboa / Facebook

Filipe Faísca| Summer 2015 | ModaLisboa - Legacy

Filipe Faísca| Summer 2015 | ModaLisboa – Legacy

‘Call Center’, que dá também nome à coleção do criador de moda, é “um instrumento”.

“É uma ‘joint-venture’ também com Jonas Runa“, músico que compôs uma sinfonia eletro-acústica para os 168 telefones que compõem a obra.

Esta não é a primeira vez que a artista trabalha com criadores de moda, no entanto é a primeira vez que tal acontece com um português.

Além disso, das outras vezes, a colaboração da artista plástica com criadores de moda “não passou por intervir na passerelle”.

Trabalhar com Filipe Faísca foi “facílimo”, já que os dois são “amigos há muitos anos”.

“Estivemos sempre juntos a fazer a obra”, reforçou.

O desfile começou com Sofia Aparício e outras manequins a atenderem alguns dos telefones que compõem a obra.

Mas o que ouviram foi audível apenas para alguns dos presentes – a quem foram distribuídos ‘headphones’ para o efeito.

/Lusa

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