Já é possível “ouvir” o coração da mãe e do bebé ao mesmo tempo

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Ramon Gonzalez Camarena e a equipa responsável pelo projecto

Ramon Gonzalez Camarena e a equipa responsável pelo desenvolvimento do novo aparelho, que tem sensivelmente o tamanho de um telemóvel

Um novo dispositivo portátil é capaz de detectar tanto a actividade eléctrica emitida pelo coração da mãe quanto a do bebé por nascer.

Um grupo de estudantes da Universidade Autónoma Metropolitana do México (UAM-I) desenvolveu um protótipo tecnológico portátil capaz de diagnosticar as condições de saúde na mãe e no bebé, através da monotorização da atividade eléctrica do coração de ambos.

Os investigadores, estudantes de Engenharia biomédica na UAM-I, mostraram que esta tecnologia móvel, colocada no útero (realizando um electrocardiograma abdominal), difere dos electro-cardiogramas tradicionais, uma vez que detecta a tanto a actividade eléctrica emitida pelo coração da mãe como pelo do feto.

Com outras tecnologias, que muitas vezes têm efeitos secundários, os sinais são misturados, dificultando um diagnóstico preciso da actividade cardíaca de ambos.

“As aplicações do nosso sistema portátil permitem uma interpretação muito precisa, separando os dois componentes: diagnóstico materno de um lado e acompanhamento fetal do outro”, diz Ramon Gonzalez Camarena, tutor do projeto.

O investigador explica que certas morfologias, ou seja, funções do sistema cardiovascular, sugerem como o coração da mãe e do feto evoluem.

O dispositivo baseia-se principalmente na detecção das arritmias no coração do feto.

O protótipo é o resultado do trabalho de uma equipa de alunos de Engenharia Biomédica, que se juntaram para desenvolver o projecto para um concurso universitário lançado pela Texas Instruments. “A Texas forneceu muitos dos circuitos e componentes do nosso dispositivo”, explica Gonzalez Camarena.

O investigador e o grupo de alunos sob sua orientação dizem que o protótipo tem agora de passar por vários testes de segurança e ser ainda melhorado. “Queremos miniaturizar ainda mais o instrumento, até que tenha o tamanho de um telemóvel, para que possa ser facilmente colocado na abdómen da mãe “.

No entanto, não está posto de lado o seu uso médico a curto prazo, devido aos excelentes resultados que o aparelho demonstrou até agora.

Ciência Hoje

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