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Isabel dos Santos nomeada presidente da Sonangol

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A empresária angolana Isabel dos Santos

A empresária angolana Isabel dos Santos

O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, nomeou a empresária Isabel dos Santos, filha do chefe de Estado, para as funções de presidente do conselho de administração da petrolífera estatal Sonangol, informou a Casa Civil da Presidência.

A administração da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), liderada desde 2012 por Francisco de Lemos José Maria (presidente do conselho de administração), foi também exonerada de funções esta sexta-feira, passando a empresa a ser responsável apenas pela “gestão e monitorização dos contratos petrolíferos”.

A designação de Isabel dos Santos surge no âmbito da reestruturação da empresa estatal e do setor petrolífero angolano, processo em que já tinha participado, conforme confirmou a 22 de janeiro, em comunicado, o comité que tratou o processo, alegando a sua experiência de 15 anos como empresária.

Um grupo de juristas angolanos reúne-se este sábado, em Luanda, para analisar a possibilidade de impugnar judicialmente a nomeação da empresária Isabel dos Santos para presidente do conselho de administração da petrolífera estatal Sonangol.

“Vamos reunir e analisar a possibilidade de impugnar a nomeação da filha do Presidente para administradora da Sonangol, por improbidade pública. Tendo em que a lei fixa regras sobre nomeações, achamos que viola a lei o Presidente nomear a filha”, disse hoje à Lusa o advogado David Mendes, da associação cívica Mãos Livres.

Em causa está a Lei da Probidade Pública, de 2010, sobre o exercício de funções públicas e para travar o enriquecimento ilícito, e a análise será feita na sede daquela associação, em Luanda, a partir das 12h de sábado.

“A reunião está aberta a juristas de todas as tendências. Vamos refletir e decidir se impugnamos ou não a decisão do Presidente. Se for o caso, avançamos”, afirmou o advogado angolano.

Investimento

A Lusa noticiou a 27 de maio que a Sonangol, enquanto concessionária estatal angolana do petróleo, vai passar a ter apenas a função de “gestão e monitorização dos contratos petrolíferos” e os direitos sobre as empresas suas participadas vão transitar para um outro órgão estatal.

A informação consta do modelo de reajustamento da organização do setor dos petróleos, aprovado por decreto presidencial. “A Sonangol EP [Empresa Pública] mantém-se como a concessionária nacional exclusiva do setor, apartando-se de todas as demais atividades presentemente exercidas, nestas se incluindo as de pesquisa, produção e operação de blocos petrolíferos. Enquanto concessionária é responsável pela gestão e monitorização dos contratos petrolíferos”, define o novo quadro orgânico do setor petrolífero angolano.

Para presidente da comissão executiva – novo órgão entretanto criado pelo Governo angolano para a petrolífera estatal – e administrador executivo foi nomeado, segundo a mesma informação da Casa Civil da Presidência, Paulino Fernando de Carvalho Gerónimo, que transita do conselho de administração anterior.

A nova equipa da Sonangol é composta ainda pelos administradores executivos César Paxi Manuel João Pedro, Eunice Paula Figueiredo Carvalho, Edson de Brito Rodrigues dos Santos, Manuel Luís Carvalho de Lemos, João Pedro de Freitas Saraiva dos Santos e Jorge de Abreu. Conta ainda com os administradores não executivos José Gime, André Lelo e Sarju Raikundalia.

A nova comissão executiva da Sonangol, órgão criado por decreto presidencial de 26 de maio, vai passar a assumir a gestão corrente da petrolífera estatal angolana, incluindo propostas de contração de empréstimos ou planos de investimento.

ZAP / Lusa

2 Comments

  1. Sobre o Sr Mexia. Penso que é uma vergonha para a DEMOCRACIA , Para os Pobres e para Todos os Politicos do País.
    Analisamos No futebol só lá vai quem quer . na EDP Taxas que pagamos mensalmente na nfactura.
    Potencia contratada
    Taxa de exploração DGEG
    Imposto Especial Consumo Electricidade
    IVA 23%
    Contribuição audiovisual
    Perante isto so podemos considerar uma vergonha e incompetencia de quem manda .

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