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Investigadores aumentam dramaticamente eficiência das lâmpadas incandescentes

O.Ilic et al. / MIT

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As lâmpadas incandescentes são cada vez mais raras em nossas casas, dando lugar às mais eficientes lâmpadas CFL e LED; mas no futuro poderemos assistir ao seu regresso, numa nova versão que poderá superar em muito a eficiência dos LEDs.

Investigadores conseguiram triplicar a eficiência das lâmpadas incandescentes e dizem que esse valor poderá aumentar bastante mais no futuro.

As lâmpadas incandescentes são tradicionalmente pouco eficientes por desperdiçarem grande parte da energia como calor.

Mas, neste protótipo, investigadores do Rensselaer Polytechnic Institute, de Nova Iorque, utilizaram o próprio calor da lâmpada para melhorar a sua eficiência, transformando o tradicional “ponto fraco” numa vantagem.

Numa lâmpada incandescente convencional apenas 2% da energia consumida é convertida em luz visível; valor que sobe para os 7 a 13% para as CFL e 5-15% para os LEDs.

Para aumentar a eficiência da lâmpada, os investigadores envolveram-na em cristais fotónicos que reflectem a radiação infra-vermelha (calor) de volta para o interior, deixando sair apenas a luz visível, a radiação reflectida permitirá fazer com que o filamento brilhe com ainda maior intensidade, produzindo mais luz.

Mesmo num estado inicial de desenvolvimento, esta lâmpada consegue já atingir uma eficiência de 6.6% – já dentro dos limites da eficiência das lâmpadas mais poupadas.

Não deverá ser difícil melhorar em muito os resultados, superando a eficiência dos LEDs disponíveis actualmente, e até potencialmente chegar a eficiências na casa dos 40%”, diz o engenheiro electrotécnico Shawn-Yu Lin, um dos investigadores envolvido na descoberta.

Não deixa de ser irónico que este avanço seja feito à custa de uma ideia que terá passado pela cabeça de muitos jovens curiosos: criar uma lâmpada revestida por espelhos, de modo a manter a luz a reflectir-se no seu interior “para sempre”.

Aberto até de Madrugada

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