Insónia triplica o risco de acidentes de viação

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Pesquisas recentemente divulgadas sugerem que a insónia é uma das principais causas para as mortes causadas por acidentes de viação e outros ferimentos fatais não intencionais.

Os resultados de um estudo de cientistas noruegueses, publicado na revista SLEEP,  mostram que o risco de lesão fatal não intencional depende do número de sintomas de insónia presentes.

Entre os três sintomas de insónia, a dificuldade em adormecer parece estar mais fortemente associada a ferimentos fatais.

Pessoas com todos os três sintomas de insónia são 2,8 vezes mais propensas a morrer de uma lesão fatal do que aquelas sem sintomas de insónia, mesmo tendo em conta outros factores como o consumo de álcool e uso diário de medicação para dormir.

Pessoas que quase sempre tiveram dificuldade em adormecer são mais do que duas vezes mais propensas a morrer de ferimento no automóvel (taxa de risco = 2,40) e têm mais de 1,5 vezes com mais probabilidade de morrer de qualquer ferimento fatal (TR= 1,66) do que pessoas que nunca tiveram problemas para iniciar o sono.

Ida Sortland Knudsen / Norges teknisk-naturvitenskapelige

Dois dos autores do estudo, Lars Erik Laugsand e Imre Janszky, do Departamento de Saúde Pública da Universidade Norueguesa de Ciência em Tecnologia, em Trondheim, na Noruega

Dois dos autores do estudo, Lars Erik Laugsand e Imre Janszky, investigadores do Departamento de Saúde Pública da Universidade Norueguesa de Ciência em Tecnologia, em Trondheim, na Noruega

Outras análises dizem que a dificuldade em adormecer contribuiu para 34% das mortes em veículos automóveis e para 8% de todos os acidentes fatais não intencionais, que poderiam ter sido evitados na ausência de insónia.

“Os nossos resultados sugerem que uma grande proporção de acidentes fatais não intencionais e acidentes fatais com veículos motorizados poderia ter sido evitada na ausência de insónia”, diz o principal autor do estudo, Lars Laugsand, investigador do Departamento de Saúde Pública da Universidade Norueguesa de Ciência em Tecnologia, em Trondheim, na Noruega.

“Aumentar a consciencialização sobre a insónia e identificar e tratar as pessoas que dela padecem pode ser importante na prevenção de lesões fatais não intencionais“, acrescenta Laugsand.

Ciência Hoje

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