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Índia volta atrás no bloqueio de 857 sites pornográficos

P. Marioné / Flickr

“Les passions humaines”, de Jef Lambeaux

O governo indiano renunciou esta quarta-feira à medida que previa o bloqueio de sites de conteúdos pornográficos perante as acusações de censura feitas ao executivo.

No sábado, o ministério das Telecomunicações tinha pedido aos fornecedores de Internet o bloqueio de 857 sites contrários “à moral” ou com pornografia infantil, no primeiro ataque do governo do nacionalista hindu Narendra Modi contra a pornografia online.

A medida suscitou uma onda de indignação que levou o governo a recuar na decisão, na terça-feira à noite, e a autorizar o acesso a estes sites, com exceção dos que difundem pornografia infantil.

“Os fornecedores podem permitir o acesso aos sites anteriormente proibidos e que não apresentem conteúdos pedófilos“, declarou um porta-voz do governo.

Alguns fornecedores disseram esperar mais esclarecimentos das autoridades.

É uma ordem muito vaga. Enquanto não obtivermos respostas claras, vamos continuar a bloquear os sites”, disse Rajesh Chharia, presidente da associação de fornecedores de acesso indiana.

Em 2012, o governo foi acusado de censura quando 300 URL (endereços de rede) ficaram sem acesso, incluindo o Facebook e o Twitter, por serem considerados fomentadores de tensões étnicas.

De acordo com o site pornográfico Pornhub, a Índia é o quarto país do mundo em tráfego de conteúdos para adultos, depois dos Estados Unidos, Reino Unido e Canadá.

/Lusa

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