Identificado autor do ataque em discoteca de Istambul

Murat Ergin / Ihlas News Agency / EPA

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia disse esta quarta-feira que foi identificado o autor do ataque na discoteca em Istambul na passagem de ano, em que morreram 39 pessoas.

“A pessoa que cometeu o atentado terrorista em Istambul foi identificada”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Mevlut Cavusoglu, à agência de notícias Anadolu durante uma entrevista transmitida na televisão.

No entanto, o ministro não quis dar mais detalhes.

Esta terça-feira, a imprensa turca avançou o nome de Iakhe Mashrapov como o presumível autor do atentado, um homem natural do Quirguistão, que teve treino militar na Síria.

Além disso, foram divulgados dois vídeos do suspeito feitos antes e durante o ataque. No primeiro registo, o homem filma-se a passear numa rua do centro da capital turca. No segundo, captado por uma das câmaras de vigilância da discoteca, podem ver-se os tiros disparados de forma indiscriminada pelo terrorista na entrada do bar.

O grupo radical Estado Islâmico reivindicou a 2 de janeiro o ataque na discoteca Reina.

Num comunicado publicado nas redes sociais, o grupo terorrista indica que “um dos soldados do califado” lançou o ataque.

O mesmo texto acrescentou que o homem disparou a sua arma automática para “vingar a religião de Deus e em resposta às ordens” do seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi.

O grupo descreveu a Turquia como “o servente da cruz”.

As autoridades turcas já tinham manifestado a convicção de que o grupo radical estaria por detrás do ataque à discoteca.

O atirador, que hoje continua a monte, matou um polícia e outro homem no exterior da discoteca Reina, na madrugada do primeiro dia de 2017, antes de abrir fogo contra as pessoas que estavam a festejar no interior.

39 pessoas morreram e outras 69 ficaram feridas. Cerca de dois terços das vítimas mortais são estrangeiras.

Em 2016, morreram pelo menos 180 pessoas em ataques na Turquia levados a cabo pelo Estado Islâmico e por rebeldes curdos.

ZAP // Lusa

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