Identificada região do cérebro afetada pelas pernas inquietas

batintherain / Flickr

-

Uma equipa de investigadores identificou a região do cérebro afetada pela síndrome das pernas inquietas, uma doença que se manifesta pela sensação de formigueiro nas pernas durante o sono, noticiou hoje a agência Efe.

Os cientistas constataram em animais que uma falha no “interruptor” que “acende” o gene Meisl, um dos genes associados à síndrome, no telencéfalo, região do cérebro, está na origem da doença.

“O problema está em que falha um interruptor que acende o Meisl no telencéfalo e, ao caírem os níveis deste gene, produzem-se pequenos defeitos neurais, que, em pessoas idosas, causam o desenvolvimento da doença, possivelmente associada a outros problemas”, afirmou à Efe José Luis Gómez Skarmeta, investigador do Centro Andaluz de Biologia do Desenvolvimento, uma das instituições científicas que participaram no estudo.

Héctor Garrido / CSIC

José Luis Gómez Skármeta, investigador do Centro Andaluz de Biología Molecular/CSIC

José Luis Gómez Skármeta, investigador do Centro Andaluz de Biología Molecular/CSIC

Segundo Gómez Skarmeta, mutações neste “interruptor” causam uma falha na ativação do Meisl e a consequente ação dos gânglios basais, células nervosas que se encontram perto da base do cérebro, dentro do telencéfalo, e que estão ligadas fundamentalmente aos movimentos.

Calor, inquietação, dor, pontadas e espasmos nas pernas durante o sono são outros dos sintomas da patologia, que levam os doentes a terem necessidade de movimentar as pernas para aliviarem essas sensações.

A síndrome das pernas inquietas afeta mais os idosos.

Os resultados da investigação, na qual participou também a Universidade de Standford, nos Estados Unidos, foram publicados na revista Genome Research.

/Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.