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“Humildade e gratidão”: as palavras de Guterres à aclamação da ONU

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Tiago Petinga / Lusa

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O ex-Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, agora aclamado secretário-geral da ONU, resumiu em duas palavras este momento: humildade e gratidão.

Depois de o Conselho de Segurança ter decidido por unanimidade propor o seu nome para o cargo de secretário-geral da ONU, António Guterres já reagiu à aclamação.

Numa conferência de imprensa, realizada esta tarde no Palácio das Necessidades, sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o ex-primeiro-ministro agradeceu a todos pela confiança.

“Humildade e gratidão”, foram as palavras usadas por Guterres para resumir este momento, num discurso feito em quatro línguas (Português, Inglês, Francês e Espanhol).

“Humildade face aos enormes desafios que me esperam, à terrível complexidade dos dramas da vida moderna e para servir os mais vulneráveis, as vítimas dos conflitos, do terrorismo, das violações dos direitos, das injustiças deste mundo”, afirmou.

“Gratidão pelos membros do Conselho Geral e aos meus colegas candidatos que pela sua capacidade e inteligência conduziram este processo”, continuou.

“Profundo reconhecimento aos Portugueses, Presidente da República, Ministério dos Negócios Estrangeiros, partidos políticos, Assembleia da República e aos diplomatas, que eram aqueles que em Nova Iorque, quer noutras cidades, quer aqui em Lisboa, conduziram a campanha extremamente eficaz, uma palavra de profunda gratidão“, adiantou.

No mesmo discurso, sem direito a perguntas e respostas por parte dos vários jornalistas que se encontravam na sala, Guterres aproveitou ainda para homenagear Ban Ki-moon.

“Sou neste momento recomendado mas não sou secretário-geral. Esse chama-se Ban Ki-monn, até ao final do seu mandato”, recordou o socialista.

Após o anúncio oficial do Conselho de Segurança, o sul coreano foi uma das muitas personalidades que ligou a Guterres para lhe dar os parabéns pela conquista.

De acordo com as suas declarações oficiais, o ainda secretário-geral disse conhecer “muito bem” o português e fez saber que é uma “excelente escolha”.

Guterres já tinha praticamente garantido o lugar esta quarta-feira, depois de vencer a sexta votação informal do Conselho de Segurança, com 13 votos de encorajamento e sem nenhum veto.

ZAP / Move

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