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Homens armados matam 11 membros de uma família mexicana

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Homens armados entraram esta sexta-feira numa aldeia no México e mataram a tiro 11 membros da mesma família, incluindo duas crianças, indicaram as autoridades.

Cinco mulheres, quatro homens e duas meninas foram assassinados em El Mirador, uma aldeia no estado central de Puebla, perto de Oaxaca, estando o motivo do massacre sob investigação.

“Outros dois menores ficaram gravemente feridos e foram transportados para o hospital”, disse Vicente Lopez de la Veja, o presidente da câmara da cidade de Coxcatlan, que tutela El Mirador.

O gabinete do ministério público do estado de Puebla revelou em comunicado que “as pessoas chegaram a pé ao local onde se encontrava a família, dispararam várias vezes e foram-se embora a pé” e precisou ainda que as duas crianças feridas com gravidade são também meninas.

O comunicado não especifica onde se encontrava a família na altura do ataque. Um responsável do governo estadual, que pediu o anonimato por não estar autorizado a falar publicamente, indicou que o ataque ocorreu dentro de uma casa.

A imprensa local noticiou que foram encontrados cadáveres em diversas casas.

Um comunicado do Ministério Público adianta que houve duas testemunhas do massacre, e que ambas se encontram sob proteção policial.

O comunicado acrescenta que haverá mais informação depois de as autoridades comunicarem com os investigadores, que estão a trabalhar numa região remota.

Um responsável do gabinete do ministério público adiantou que as autoridades estão a investigar se o massacre está relacionado com o crime organizado ou se foi uma disputa familiar.

A aldeia é habitada por evangelistas dissidentes de outra comunidade de católicos, El Potrero. Mas o presidente da câmara declarou que as duas aldeias se respeitavam.

“Seria arriscado dizer que o motivo do assassínio foi a religião. Não temos conhecimento de qualquer perseguição. Podem ter sido problemas familiares ou crime organizado”, disse Lopez de la Vega.

Embora a violência relacionada com os cartéis de droga não seja comum em Puebla, apareceram alguns cadáveres nos últimos meses.

Em abril, quatro corpos foram encontrados dentro de um veículo incendiado perto de Veracruz, um estado oriental marcado por assassínios e desaparecimentos ligados aos cartéis da droga.

Dois dos cadáveres eram de irmãs de um elemento do cartel Zetas que se encontra na prisão, precisaram as autoridades de Veracruz.

No mesmo dia, mais três corpos foram descobertos na mesma zona, perto de umas instalações pertencentes à petrolífera estatal Pemex.

Puebla está também entre os estados mexicanos com o maior número de roubos de combustível no país.

Os gangues do crime organizado perfuram todos os anos milhares de oleodutos da Pemex em todo o país.

No final de maio, quatro pessoas morreram quando homens armados ligados ao roubo de combustível abriram fogo na aldeia de La Purisima, uma região onde gangues rivais tentam controlar essas derivações ilegais dos oleodutos.

Puebla tem também assistido a uma grande quantidade de linchamentos públicos de suspeitos de crimes.

/Lusa

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