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Histórico Grooveshark encerrado por pressão das editoras discográficas

O Grooveshark, um dos primeiros serviços de partilha e escuta gratuita de música ‘online’, foi desativado na quinta-feira por causa de processos judiciais movidos por editoras discográficas, por violação de direitos de autor.

Numa mensagem colocada no seu site, a empresa norte-americana Escape Media Group, que detém o serviço, anunciou que tinha chegado a acordo com as três maiores editoras discográficas – Universal, Sony e Warner Music – por questões de direitos de autor sobre as músicas e os artistas que estavam disponíveis no Grooveshark.

O histórico site, nascido há 10 anos, apresenta agora apenas uma mensagem de despedida aos utilizadores, assinada pela equipa do serviço.

“Começámos há quase dez anos com o objetivo de ajudar os fãs a partilharem e a descobrirem música. Mas apesar das melhores intenções, cometemos erros muito graves e falhámos no licenciamento de direitos de autor para uma grande quantidade de música no nosso serviço. Isso estava errado. Pedimos desculpa, sem reservas”, afirmam em comunicado.

O Grooveshark foi criado em 2006 por três estudantes universitários e tornou-se num dos primeiros serviços a permitir aos utilizadores a partilha e escuta de música de forma gratuita.

No entanto, o serviço, que alegadamente tinha cerca de 30 milhões de utilizadores por mês, esteve implicado em processos litigiosos por causa da partilha de músicas protegidas pela legislação sobre direitos de autor. Os artistas não estariam a receber pela cobrança desses direitos de autor.

No processo judicial conjunto, as editoras Universal, Sony e Warner Music exigiam à empresa Escape Media Group o pagamento de 657 milhões de euros. Para evitar a ida a tribunal, os proprietários do Grooveshark aceitaram desativar o serviço, retirar todas as músicas e entregar o domínio da página na Internet.

“Se gostam de música e respeitam os artistas, os compositores e todos os que tornam possível a existência de boa música, usem serviços licenciados e que compensem os artistas e detentores de direitos de autor”, afirma a empresa, citando exemplos de boas práticas como Spotify, Google Play, Deezer e Beats Music.

O Spotify, fundado na Suécia em 2008, é atualmente o líder no que toca a serviços de “streaming”, reclamando a existência de 60 milhões de utilizadores, dos quais 15 milhões são assinantes.

Um dos serviços mais recentes é o Tidal, criado por uma empresa sueco-norueguesa em 2014 que acabou por ser adquirida pela norte-americana Project Panther, detida pelo rapper e produtor Jay-Z.

/Lusa

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