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Há quatro freguesias em Lisboa com mais atropelamentos que as outras

Andrew French / Flickr

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As freguesias lisboetas de Alvalade, Avenidas Novas, Arroios e Benfica registaram, entre 2010 e 2013, um maior número de atropelamentos face às restantes, representando quase um terço do total destes acidentes na cidade, segundo o município.

Nesse período, os atropelamentos na cidade provocaram 2.746 vítimas – 2.539 feridos ligeiros, 180 feridos graves e 27 mortos -, equivalendo a um número médio de 60 vítimas por mês, de acordo com os dados mais recentes, fornecidos pelo pelouro dos Direitos Sociais da Câmara de Lisboa a propósito do Dia Europeu da Segurança Rodoviária, que hoje se assinala.

Em 2013, os atropelamentos representaram cerca de um quarto do total de acidentes (aos quais se somam os despistes e as colisões, por exemplo), mas tiveram um peso de mais de 60% no total de vítimas mortais.

No mesmo ano, um em cada 10 idosos teve ferimentos graves ou mortais, devido a atropelamentos, enquanto este tipo de ferimentos teve um peso menor nos adultos (7%) e nos jovens (6%).

Isto significa que “a população idosa constitui um grupo especialmente vulnerável dos atropelamentos, nomeadamente quanto à gravidade da lesão decorrente do acidente”, explica a Câmara.

De acordo com a autarquia, o tipo de atropelamento mais representativo, nos anos analisados, foi aquele em que o peão atravessava a passadeira (em zebra). De facto, as vítimas de atropelamentos em passadeiras (em zembra ou luminosas) correspondem a 43% do total.

Outra das conclusões é que o número de vítimas de atropelamentos em passagens de peões com sinal verde foi superior àquelas com sinal vermelho.

Em declarações à agência Lusa, o vereador dos Direitos Sociais da Câmara de Lisboa, João Afonso, salientou que se devem mudar mentalidades relativamente à circulação na cidade e que “os peões têm de estar no centro do pensamento”.

“Qualquer cidadão é peão, antes de mais, e depois anda de transportes públicos, de bicicleta ou de carro”, frisou.

Relativamente ao facto de grande parte dos atropelamentos ter acontecido em passadeiras e com o sinal verde, João Afonso justificou que, nestes sítios, “as pessoas atravessam à confiança e os automobilistas deviam respeitar os peões e não respeitam”.

Em 2013, quase 5.500 pessoas foram atropeladas em Portugal continental. No concelho de Lisboa, os acidentes provocaram 670 vítimas, mais de 12% do total nacional, segundo informações da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.

/Lusa

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