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Grécia pode pedir extensão do empréstimo, mas não do resgate

thespeakernews / Flickr

O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, com Yanni Varoufakis, ministro das Finanças da Grécia

O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, com Yanni Varoufakis, ministro das Finanças da Grécia

O Governo grego analisa a possibilidade de pedir a extensão do financiamento europeu, mas sem que isso envolva uma prorrogação do plano de resgate, anunciou hoje, em Atenas, uma fonte governamental.

A declaração ocorreu 24 horas depois do ultimato feito na segunda-feira pela zona euro à Grécia para que até sexta-feira peça uma extensão do programa de ajuda, imposto desde 2010 e que integra rigorosas medidas de austeridade.

Segundo a televisão pública Nerit, “Atenas vai enviar na quarta-feira uma carta a Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, para pedir uma extensão de seis meses do acordo de financiamento, que poderá ter a forma de um programa intermédio”.

De acordo com a Nerit e outros media gregos, “as autoridades gregas comprometiam-se durante aquele período de seis meses a absterem-se de uma ação unilateral e a trabalharem com os seus parceiros europeus e internacionais” para uma reorganização da economia.

A Grécia e a zona euro tentam desde a semana passada encontrar uma solução para a continuação da ajuda ao país, que termina a 28 de fevereiro.

Numa reunião dos ministros das Finanças da zona euro na segunda-feira em Bruxelas, Atenas não aceitou um texto proposto pelos seus parceiros pedindo-lhe que continue a aplicar o programa de ajuda e as medidas de austeridade que implica.

O Governo de esquerda radical Syriza comprometeu-se a acabar com as medidas de austeridade, que, segundo ele, provocaram “uma crise humanitária” e não ajudam ao relançamento da economia.

O primeiro-ministro, Alexis Tsipras, anunciou para sexta-feira a votação das primeiras medidas sociais, contrárias ao espírito do programa de ajuda.

A Comissão Europeia, por seu turno, reiterou hoje a vontade de chegar a acordo com a Grécia sobre o programa de assistência ao país, alertando que um recuo nos progressos conseguidos até agora teria um “efeito muito negativo”.

/Lusa

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