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A grande caçada ao mosquito da malária é feita agora com cães

d.r. Sapir Weis

Cão treinado para caçar mosquitos, em acção no Mali

Dana, um dos pastores alemães treinados por Sapir Weiss para caçar mosquitos, em acção no Mali

Investigadores norte-americanos estão a usar cães para encontrar esconderijos de mosquitos que provocam malária, doença que anualmente mata um milhão de crianças em África.

Segundo um artigo publicado na edição da revista ‘Nature’ desta quarta-feira, uma equipa de cientistas está a utilizar cães  para encontrar recantos onde o vetor da malária, os mosquitos adultos do género anopheles, se esconde durante a estação seca.

Dados da Organização Mundial de Saúde indicam que durante o ano de 2013, em que foram registados 207 milhões de casos da doença, pelo menos 627.000 pessoas morreram com malária – a maior parte das quais, crianças africanas.

No início dos anos 50, vários cientistas procuraram formas de erradicar insetos que atacavam frutas, verduras e animais, usando radiação para fazer com que as pragas se tornassem estéreis.

Esta técnica tem sido usada por entomologistas e investigadores da Agência Internacional de Energia Atómica para reduzir a população de mosquitos que transmitem a malária – infelizmente, nem sempre com resultados satisfatórios.

d.r. Tovi Lehmann

O entomologista Tovi Lehmann

O entomologista Tovi Lehmann

Mas o entomologista Tovi Lehmann, do Laboratório de Malária do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, acredita que se forem descobertos os locais onde os mosquitos se concentram quando as condições se tornam desfavoráveis, durante as estações secas, será possível acabar com os insetos que provocam a doença.

Uma equipa de cientistas, liderados por Lehman, está agora a usar cães treinados, na região do Sahel, no Mali, para encontrar os esconderijos dos mosquitos anopheles, principais vectores da doença.

Os animais, de raça pastor alemão, foram treinados por um especialista, Sapir Weiss, que anteriormente esteve a treinar cães para acções anti-terrorismo do exército de Israel.

Caso a experiência venha a ter sucesso, o melhor amigo do homem encontrou mais uma forma de o ser: ajudando na luta contra a malária.

AJB, ZAP

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