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Fuga de água altamente radioativa detetada em Fukushima

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Ministério da Administração Interna e Transportes do Japão / Wikimedia

Vista aérea da central nuclear de Fukushima

Vista aérea da central nuclear de Fukushima

Uma nova fuga de água altamente radioativa para o mar foi detetada hoje junto à central japonesa de Fukushima, anunciou a empresa Tokyo Eletric Power (Tepco).

Segundo a agência de notícias France Presse, com base nas declarações de um porta-voz da empresa, a situação foi detetada através de sensores ligados a um tubo de drenagem de águas pluviais e subterrâneas, que mediram níveis de radioatividade até 70 vezes maiores do que outros valores já registados no local.

Estes valores, medidos às 10:00 (01:00 GMT), foram baixando gradualmente ao longo das horas seguintes, mas ainda assim continuam a ser valores alarmantes. A linha de drenagem que faz a ligação com uma porta adjacente à costa do Pacífico foi fechada.

A Tepco indicou que uma inspeção feita pela empresa não revelou nenhuma anomalia nos tanques de armazenamento de água contaminada e assegurou “não ter nenhuma razão para pensar que os reservatórios tenham uma fuga”.

A Agência Internacional de Energia Atómica disse, esta semana, estar preocupada com a quantidade crescente de água contaminada armazenada nestes tanques, cuja fiabilidade não é garantida.

Esta água vem da rega inicial dos reatores para os arrefecer, bem como de fluxos de água subterrânea. São bombeadas e armazenadas em milhares de reservatórios gigantescos, que aumentam à medida que a Tepco constrói outras dezenas por mês para absorver o fluxo de água.

O desmantelamento dos quatro reatores mais danificados, entre os seis que fazem parte da central de Fukushima, deverá demorar entre três a quatro décadas, ao mesmo tempo que conseguir encontrar e manter trabalhadores suficientes e competentes para fazerem esse trabalho deverá ser um desafio.

/Lusa

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