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Fosun pagou 174,6 milhões para ser o maior acionista do BCP

Millennium BCP

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A entrada dos chineses do grupo Fosun no capital do BCP vai mesmo concretizar-se, anunciou este domingo a instituição num comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Fosun pagou 174,6 ME por 16,7% do BCP.

“Na sequência dos anúncios publicados em 30 de julho de 2016, 14 de setembro de 2016 e 28 de setembro de 2016, o Banco Comercial Português anuncia a aprovação pelo seu Conselho de Administração, do resultado das negociações com a Fosun Industrial Holdings Limited bem como do aumento, por colocação particular, do capital social do BCP”, lê-se no comunicado.

O BCP, noutro comunicado divulgado também no site da CMVM, informa ainda ter sido decidido apresentar novo pedido de suspensão dos trabalhos da Assembleia-geral da instituição, marcada para segunda-feira, para continuarem a 19 de dezembro.

Os chineses da Fosun anunciaram ter investido cerca de 174,6 milhões de euros para serem o maior acionista do BCP, com 16,7% do capital, uma operação que pretende que reforce a sua presença empresarial na Europa e em África.

“Nos termos do acordo subscrito, a Chiado [uma empresa do grupo chinês] acordou em subscrever 157.437.395 ações a um preço de subscrição de 1,1089 euros por ação a emitir pelo BCP através de colocação reservada à Chiado, equivalente a cerca de 16,67% do capital social do BCP (…) O montante total da transação é de 174.582.327,32 euros”, afirma a empresa num comunicado divulgado no seu site.

No comunicado, a empresa também anuncia que a Chiado se compromete a não vender durante três anos as ações concedidas no âmbito do aumento de capital do banco.

Sobre os principais benefícios da entrada dos chineses no BCP, a Fosun destaca a “sólida presença” empresarial do BCP na Europa e em África, nomeadamente em Angola e Moçambique.

“O Grupo pretende aplicar as suas capacidades de investimento e outros recursos para ajudar o banco a melhorar ainda mais o negócio financeiro global relacionado com a região da grande China e também melhorar a rentabilidade do banco“, afirma no comunicado.

A Fosun espera ainda que o negócio firmado com o banco português “reforce a capacidade internacional” de serviços financeiros do grupo chinês, incluindo a capacidade de serviços de banca comercial internacional, da banca de investimento e de serviços de banca privada.

“Espera-se que a transação reforce ainda mais a presença no mercado financeiro do grupo no mercado português”, conclui a Fosun.

ZAP / Lusa

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