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FMI não sabe se vai participar no terceiro resgate à Grécia

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International Monetary Fund / Flickr

Christine Lagarde, diretora-geral do FMI

Christine Lagarde, diretora-geral do FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está a repensar a sua participação no terceiro resgate à Grécia devido aos elevados níveis da dívida grega e ao historial frágil da aplicação de reformas do governo.

O Financial Times teve acesso ao documento apresentado pelos técnicos do fundo ao conselho de administração numa reunião esta quarta-feira, onde defendem que a Grécia não cumpre as condições para novo empréstimo do FMI, e avança que em causa podem estar novas exigências, nomeadamente que a Grécia concorde com “um leque extenso de reformas“, ao mesmo tempo que os credores da zona euro devem “aceitar um alívio da dívida” grega.

Estas dúvidas podem gerar um efeito dominó, já que se o FMI não participar no acordo a chanceler Angela Merkel fica mais isolada para convencer o parlamento alemão a aceitar um terceiro resgate, na ordem dos 86 mil milhões de euros.

De acordo com o FT, os representantes do FMI poderão “participar nas discussões políticas” para garantir que o novo resgate “é consistente com aquilo que o Fundo tem em mente”, mas a decisão só será tomada numa fase posterior, talvez apenas no próximo ano, depois de a Grécia ter concordado fazer uma série de reformas e dos credores europeus aceitarem o alívio da dívida.

O jornal britânico diz ainda que alguns políticos gregos acreditam que o FMI e o ministro das finanças alemão Wolfgang Schäuble estão a tentar sabotar o novo resgate, apesar do acordo de 12 de julho.

Enquanto isso, o jornal grego Kathimerini garante que participação do FMI foi aprovada ontem.

ZAP

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