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Fazer Erasmus facilita acesso ao mercado de trabalho

Enokson / Flickr

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Os jovens que estudam ou recebem formação no estrangeiro, através do Erasmus, têm mais facilidade em arranjar emprego do que os outros, segundo uma avaliação ao programa divulgada em Bruxelas.

Segundo um estudo sobre o impacto do programa da União Europeia (UE) de intercâmbio de estudantes Erasmus, os diplomados com experiência internacional têm mais êxito no mercado de trabalho.

A avaliação ao programa, a cargo da CHE Consult, revela que a possibilidade de os estudantes Erasmus sofrerem uma situação de desemprego de longa duração é 50% menor em relação àqueles que não estudaram ou obtiveram uma formação no estrangeiro

Por outro lado, cinco anos após a graduação, a taxa de desemprego dos que tiveram formação no estrangeiro é inferior em 23%.

A avaliação revela que 66% dos empregadores procuram trabalhadores com experiência profissional e mostra ainda que mais de um em cada três estagiários Erasmus teve uma oferta de trabalho na empresa que os acolheu.

O inquérito analisa ainda a vida pessoal dos beneficiários de Erasmus, salientando que 40% mudaram de país de residência ou de trabalho, pelo menos uma vez desde a graduação – quase o dobro do número relativamente aos estudantes que não participaram numa iniciativa de mobilidade.

O estudo considera ainda ser mais provável que os antigos estudantes Erasmus mantenham relações transnacionais: 33% destes estudantes têm um parceiro de nacionalidade diferente, em comparação com apenas 13% dos estudantes que ficam no seu país durante os estudos.

Segundo o inquérito, 27% dos estudantes Erasmus conhecem o seu parceiro mais duradouro durante o intercâmbio e, com base nestes dados, a Comissão Europeia “estima que cerca de um milhão de bebés tenha nascido de casais Erasmus desde 1987”.

Esta avaliação é a maior do seu género, tendo contado com a resposta de cerca de 78.891 participantes, incluindo estudantes e empresas.

Foram lançados cinco inquéritos online em 2013, que resultaram na participação de 56.733 estudantes (com e sem experiência de Erasmus), 18.618 ex-alunos, 4.986 professores (académicos e não académicos), 964 instituições de ensino superior e 652 empregadores (55% dos quais pequenas e médias empresas), em 34 países.

Os estudantes que desejam beneficiar de financiamento Erasmus podem optar entre a realização de estudos ou de um estágio no estrangeiro.

/Lusa

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