Fantasporto lança campanha de crowdfunding para garantir sustentabilidade

(dr) Fantasporto / Facebook

Mario Dorminsky, presidente do Fantasporto

Mario Dorminsky, presidente do Fantasporto

O Fantasporto vai lançar uma campanha digital de angariação de fundos (conhecida como crowdfunding) para garantir a “sustentabilidade para a concretização da 35.ª edição”, em parte devido à dificuldade em conseguir patrocínios em Portugal, disse hoje o presidente do certame.

Em declarações à Lusa, o presidente do Fantasporto, Mário Dorminsky, explicou que o recurso a este método se deve à “dificuldade de arranjar patrocínios diretos pela parte daquilo que são as empresas portuguesas”, ainda que saliente estar a aguardar respostas de várias companhias para o evento do próximo ano, a realizar-se entre 27 de fevereiro e 07 de março.

A campanha de crowdfunding vai decorrer entre 05 de setembro e 01 de novembro e vai permitir que quem contribua receba uma recompensa consoante o valor transferido para a conta bancária da cooperativa Cinema Novo e que pode ir dos cinco aos 5.000 euros, algo que, neste último caso, dará direito ser “patrono” do festival de cinema, segundo a página de Facebook da campanha.

Por exemplo, no caso dos contributos entre cinco e 10 euros, o participante recebe um postal do Fantasporto 2014 e um lenço de pescoço branco, seguindo-se a possibilidade de receber um porta-chaves a par do lenço e, no patamar seguinte, um catálogo da edição deste ano do festival, passando, entre os 16 e os 18 euros a ter direito a um DVD, no caso, do filme “Meet The Feebles”, de Peter Jackson.

Para Dorminsky, “no seio de 80.000 fãs e amigos do Fantasporto no Facebook deve haver alguns que queiram participar”, confessando estar mais optimista em relação à contribuição de aficionados estrangeiros por ser menos comum este tipo de campanhas de angariação de fundos a nível nacional.

Em relação à escolha por um contributo directo em vez do recurso a uma plataforma, o presidente do festival explicou que, no caso do Kickstarter, há “uma sobrecarga de audiovisual”, pelo que se optou por “formas mais diretas de chegar junto das pessoas que estão ligadas aos meios do cinema”.

Por outro lado, em relação às plataformas nacionais, foi considerado que “são mais vocacionadas para a gravação de um disco, para a edição de livro, para a feitura de um filme, não propriamente para eventos”.

A edição do próximo ano do Fantasporto vai assinalar o centenário do nascimento do cineasta Orson Welles e exibir uma cópia restaurada de “Top Hat”, no âmbito de uma retrospetiva de Fred Astaire e Ginger Rogers, tendo já selecionados 10 filmes para a competição.

/Lusa

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