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Falta de leite fecha gelataria de portugueses na Venezuela recordista do Guinness

Uma gelataria de portugueses na Venezuela que está no livro dos recordes do Guinness teve que fechar por falta de leite, o que levou a Câmara de Turismo da cidade a apelar às autoridades para salvar o estabelecimento.

A Câmara de Turismo de Mérida (cidade 600 quilómetros a sudoeste de Caracas) apelou esta segunda-feira às autoridades da Venezuela para solucionarem a falta de leite, que levou ao encerramento da Coromoto, conhecida pelas centenas de sabores de gelado que vende.

Vários comerciantes, contatados pela agência Lusa, explicaram que anualmente pela ocasião do Natal a gelataria Coromoto encerra temporariamente as suas portas, altura em que os proprietários aproveitam para passar alguns dias em Portugal.

“Este ano, pelo que sabemos, o encerramento é por tempo indeterminado. Na porta está um letreiro a dizer que o estabelecimento está encerrado e que lamentam não poder atender, devido à escassez de leite”, explicou uma das fontes.

Entretanto, através da Internet, simpatizantes do Governo venezuelano acusam o proprietário da gelataria de mentir em relação à escassez de leite na região e de estar ao serviço da oposição.

Fundada na década de 1980, a “Heladería Coromoto” é propriedade do português Manuel da Silva Oliveira, inventor de um método original de preparação de gelados, que já atingiu mais de 850 sabores diferentes.

O nome da gelataria entrou pela primeira vez para o Guinness World Records em 1991 e além dos habituais sorvetes de baunilha, chocolate e morango, já fabricou gelados dedicados a vários países ou a campeonatos desportivos.

Sabores pouco tradicionais como peixe, marisco, carne, cereais, feijão, cerveja ou esparguete fazem também parte do cardápio, além de outros que, segundo o português, têm propriedades medicinais ou agem como estimulantes sexuais.

Natural da freguesia de Espargo, Santa Maria da Feira, onde nasceu em 1930, Manuel da Silva Oliveira é conhecido como o “avô dos gelados”

Emigrou para a Venezuela em 1953, tendo trabalhado em Caracas antes de se ter radicado em Mérida, onde abriu um café e mais tarde a “gelataria Coromoto”, em homenagem a Nossa Senhora do Coromoto, padroeira da Venezuela.

/Lusa

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