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Ex-presidente da Octapharma em prisão domiciliária

(dr) octapharma.com

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O ex-administrador da farmacêutica Octapharma em Portugal, Lalanda e Castro, ficou esta quinta-feira em prisão domiciliária por decisão de um Juiz de Instrução Criminal de Lisboa e impedido de contactar outros arguidos no processo, segundo fonte judicial.

O ex-administrador da farmacêutica Octapharma Paulo Lalanda e Castro estava a ser ouvido no Tribunal de Instrução Criminal, em Lisboa, desde quarta-feira, depois de ser constituído arguido no âmbito do processo ‘O Negativo’.

Segundo fonte ligada ao processo, na decisão de colocar Lalanda de Castro em prisão domiciliária por alegada perturbação do inquérito, já que não se colocava o perigo de fuga, uma vez que se entregou voluntariamente às autoridades portuguesas, depois de ter sido capturado na Alemanha.

Lalanda de Castro terá abandonado o tribunal na quinta-feira à noite e conduzido pelas autoridades à sua residência, onde ficará vigiado pela GNR até que lhe seja atribuida a vigilância eletrónica, acrescentou a fonte.

Neste inquérito, dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, investigam-se suspeitas de que Lalanda e Castro e Luís Cunha Ribeiro (ex-presidente do INEM, que estava ligado a procedimentos concursais públicos na área da saúde) terão acordado entre si que este último utilizaria as suas funções e influência para beneficiar indevidamente a Octapharma.

Em causa estão factos suscetíveis de se enquadrarem na prática de crimes de corrupção ativa e passiva, recebimento indevido de vantagem e branqueamento de capitais no âmbito do negócio de plasma.

No âmbito do processo foram igualmente constituídos arguidos um representante da Associação Portuguesa de Hemofilia e dois advogados.

O ex-administrador da farmacêutica Octapharma chegou a ser detido na Alemanha no âmbito de um mandado de detenção europeu, mas um juiz alemão ordenou a sua libertação por ter considerado injustificado o pedido.

Lalanda e Castro, que é também arguido nos processos ‘Operação Marquês’, da qual o principal arguido é o antigo primeiro-ministro José Sócrates, e ‘Vistos Gold’, regressou a Portugal a 23 de dezembro, tendo-se disponibilizado às autoridades para depor.

// Lusa

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