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Espinafres já conseguem detetar explosivos

(cv) MIT / YouTube

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Especialistas do MIT, nos Estados Unidos, integraram nanotubos de carbono em espinafres de modo a que estes vegetais consigam detetar explosivos.

Os espinafres podem remeter-nos logo para Popeye, o famoso marinheiro que, em apuros para salvar a sua amada Olivia Palito, entornava uma lata pela goela para ficar mais forte do que nunca.

Pois bem, graças a um novo projeto do Instituto Tecnológico de Massachusetts, nos Estados Unidos, podemos começar a ligar este vegetal ao MacGyver.

Graças à nanotecnologia aplicada pelo MIT, as folhas de espinafre podem transformar-se em detetores de explosivos e transmitir um alerta para um aparelho semelhante a um smartphone.

Esta é uma das primeiras demonstrações daquilo que os investigadores chamam de “plantas nanobiónicas”, às quais podem ser aplicados sistemas de engenharia eletrónica.

No caso dos espinafres, foram integrados nanotubos de carbono de modo a que estes consigam detetar os explosivos, pode ler-se no estudo publicado na revista Nature Materials.

“O objetivo da nanobiónica vegetal é introduzir numa planta nanopartículas que lhe conferem outras capacidades”, explicou à MIT News o chefe da experiência e professor de Engenharia Mecânica no MIT, Michael Strano.

As plantas do espinafre foram desenvolvidas para detetar componentes químicos, chamados nitroaromáticos, que costumam ser utilizados na produção de minas terrestres e outros explosivos.

Assim, quando um desses compostos aparece na água subterrânea, os nanotubos de carbono inseridos nas folhas emitem um sinal fluorescente que pode ser lido com uma câmara infravermelha e que pode ser conectada a um pequeno computador, semelhante a um telefone, que posteriormente envia um alerta.

Strano acredita que o poder das plantas pode ser aproveitado para alertar sobre a presença de poluentes e de algumas condições ambientais como secas, algo que estes seres vivos sentem muito rapidamente.

“As raízes absorvem muita informação e são muito boas a analisar químicos, uma vez que formam uma extensa rede no solo”, explicou.

Os nanotubos de carbono fabricados pelo MIT podem ser usados em qualquer vegetal e detetam um amplo leque de moléculas. Quando a substância-alvo se une a um polímero que envolve o nanotubo, este altera sua fluorescência.

ZAP / Ciberia

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