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Enfermeiros obrigados por tribunal a alterar serviços mínimos esta sexta-feira

Marcello Casal Jr. / ABr

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O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses anunciou que o Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social decidiu, de forma unilateral, alterar os serviços mínimos para a greve de sexta-feira, considerando que o objetivo é boicotar a paralisação.

“Inexplicavelmente, ao final de 20 anos de serviços mínimos negociados entre o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e os sucessivos governos, um juiz presidente do Tribunal Arbitral decidiu, unilateralmente, alterar os serviços mínimos e o número de enfermeiros para os assegurar, nas instituições de saúde”, refere o sindicato em comunicado.

Em declarações à agência Lusa, a dirigente sindical Guadalupe Simões salientou que nem as instituições de saúde nem o Ministério contestaram os serviços mínimos e o número de enfermeiros que os assegura.

A “decisão unilateral” do Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social determina que têm de cumprir os serviços mínimos, em cada turno, o mesmo número de enfermeiros que esteve de serviço no domingo anterior à greve.

Segundo Guadalupe Simões, este número é bastante superior ao que vigora há 20 anos nos serviços mínimos cumpridos nas várias greves dos enfermeiros.

“Sendo público e notório que, nas greves dos enfermeiros, os atuais serviços mínimos e número de enfermeiros para os assegurar garantem, há mais de 20 anos, a satisfação das necessidades sociais impreteríveis, esta decisão só é compreensível como tendo o objetivo de boicotar a greve dos enfermeiros”, comenta o sindicato.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses vai juntar-se na sexta-feira à greve da função pública e, na área da saúde, também a Federação Nacional dos Médicos já apelou aos clínicos para aderirem à paralisação.

A Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública convocou uma greve nacional para a sexta-feira que tem como principais objetivos a defesa do emprego, dos horários de trabalho e dos salários.

/Lusa

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