TV Asahi
Yamato Tanooka, o rapaz de 7 anos desaparecido no Japão depois dos pais o terem abandonado numa floresta como castigo
O rapaz de sete anos que estava desaparecido desde sábado, depois dos pais o terem deixado numa floresta de castigo, foi encontrado com vida.
Yamato Tanooka foi esta sexta-feira encontrado com vida por militares japoneses, numa caserna utilizada pelo exército, a cinco quilómetros do lugar onde os pais o tinham deixado, avança o jornal britânico The Guardian.
O rapaz de sete anos estava desaparecido desde o último sábado, depois de os pais o terem deixado numa floresta de castigo, numa região montanhosa da ilha japonesa de Hokkaido.
Na altura, os pais contaram às autoridades que foi uma forma de “disciplinar” o filho, que tinha estado a atirar pedras a pessoas e carros. Quando voltaram ao local, passado cinco minutos, o rapaz tinha desaparecido.
O rapaz apresentava apenas alguns cortes, não tendo nenhum ferimento grave. O médico que o assistiu diz que Yamato estava “incrivelmente calmo” para quem esteve desaparecido durante sete dias e que “não entrou em pânico”.
Depois de se encontrar com o filho, o pai Takayuki Tanooka contou aos jornalistas que a primeira coisa que fez foi “pedir desculpa por lhe ter causado uma memória tão má”.
“A primeira coisa que fiz foi pedir-lhe desculpa. Ele assentiu com a cabeça e disse OK, como se tivesse compreendido”, explica.
De seguida, o homem de 44 anos pediu desculpa à escola do filho, às equipas responsáveis pelas buscas e a todos os que apoiaram a família ao longo de todo o processo.
“Estou muito emocionado”, dizia, enquanto tentava travar as lágrimas. “Muito obrigada por tudo”.
O pai admitiu ainda que foram “demasiado longe” ao tentar disciplinar a criança, quando o ordenaram a sair do carro.
“O nosso filho foi criado numa família cheia de amor mas, a partir de agora, vamos dar-lhe ainda mais amor e estar mais atentos”, disse.
“O nosso comportamento como pais foi longe de mais e fizemos algo pelo qual estamos extremamente arrependidos. Achei que estava a fazer uma coisa para o seu próprio bem mas, sim, agora percebo que fomos longe de mais”, lamenta.
ZAP
