Egipto quer impedir venda de estátua faraónica em Londres

Sekhemka / Facebook

-

O Egito quer suspender a venda em Londres de uma estátua faraónica, tendo o seu ministro de Antiguidades pedido já a intervenção do Conselho Internacional de Museus na operação marcada para dia 10 na leiloeira Christie’s.

Segundo comunicado oficial, o ministro Mamduh al Damati vai também solicitar ajuda à embaixada egípcia em Londres para impedir o leilão da estátua em calcário, com 75 centímetros de altura e 29,5 de largura, que representa um escrivão, identificado como “Sekhemka“.

Al Damati revelou ter descoberto na Internet que o Museu Britânico de Northampton exibia a estátua da V dinastia faraónica (2.465 a 2.323 a.C.), e que a sua venda está prevista para o próximo dia 10 de julho na leiloeira Christie’s.

O governante informou ter contactado o Conselho Internacional de Museus, a quem comunicou o seu descontentamento com a venda que considera violar “os valores defendidos” por aquela organização, pedindo assim ajuda para suspender a operação.

Citado pela EFE, para Al Damati, o facto de o museu britânico ter conseguido obter a estátua de forma legal não faz com que tenha o direito a vendê-la, mas, pelo contrário, deveria usá-la para promover a cultura.

O diretor de Antiguidades Recuperadas do ministério, Ali Ahmed, esclareceu que a peça foi entregue no final do século XVIII ao Museu de Northampton que a exibe desde 1849.

Ahmed destacou que o seu departamento criou uma campanha na rede social Facebook, “Save Sekhemka Action Group“, para juntar apoio contra a venda daquela peça arqueológica com mais de 4.500 anos e que conta hoje com mais de 900 assinaturas.

Vídeo de apresentação do leilão da Christie’s:

ZAP/Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.