Egipto condena jornalistas da Al Jazeera a sete anos de prisão

International Livestock Research Institute / Flickr

Peter Greste, jornalista da Al Jazeera

Peter Greste, jornalista da Al Jazeera

Três jornalistas da Al Jazeera acusados de apoiar a Irmandade Muçulmana foram condenados a sete anos de prisão no Egipto.

Um tribunal no Cairo condenou o australiano Peter Greste e os egípcios Mohammed Fahmy e Baher Mohamed por espalhar notícias falsas e apoiar o grupo islâmico, que foi banido no país. Eles estão presos há seis meses e negam as acusações.

Nove acusados julgados à revelia, incluindo três jornalistas estrangeiros, foram condenados a dez anos de prisão.

O processo causou indignação internacional em meio a acusações de que teria motivações políticas.

Baher Mohamed foi condenado a mais três anos de prisão em um processo separado envolvendo a posse de armas.

Restrição à imprensa

A Al Jazeera disse que apenas nove dos 20 acusados são funcionários da empresa, e que os outros seriam estudantes e activistas. Dois deles foram absolvidos nesta segunda-feira.

Fahmy e Mohamed estavam entre os 16 egípcios acusados de pertencer a uma organização terrorista e de “prejudicar a unidade nacional”.

Greste, ex-correspondente da BBC, e outros três jornalistas que deixaram o país – os repórteres britânicos Dominic Kane e Sue Turton, também da Al Jazeera, e a jornalista holandesa Rena Netjes – foram acusados de divulgar informações falsas e colaborar com os réus egípcios através de doações em dinheiro, equipamento e informação.

O julgamento ocorre em meio a crescentes restrições à imprensa no Egipto.

A Al Jazeera, sediada no Qatar, está proibida de operar dentro do Egipto depois de as autoridades terem acusado o canal de transmitir reportagens favoráveis ao ex-presidente Mohammed Morsi e à Irmandade Muçulmana. A Al Jazeera nega as acusações.

O Qatar apoia a Irmandade e é visto com cepticismo pelo governo egípcio.

ZAP / BBC

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