EDP chega a acordo com trabalhadores para aumento de 1%

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A administração da EDP chegou a acordo com os trabalhadores para um aumento salarial de 1% da remuneração base este ano, um valor considerado “razoável”, disse à agência Lusa o dirigente sindical da Daniel Sampaio.

“Os acordos acima de zero são sempre bons, mas não terá chegado onde as possibilidades da empresa permitiriam. Mas é um acordo que está enquadrado na realidade dos números da economia”, disse Daniel Sampaio à Lusa.

As partes chegaram a acordo após sete rondas de negociação, “um prazo aceitável”, segundo o sindicalista, avançando que está dentro do enquadramento de negociações anteriores.

Daniel Sampaio, da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal), lembrou que as negociações foram “muito difíceis”, já que a empresa iniciou as rondas negociais “com uma proposta de aumento zero”.

“A empresa, pela nossa persistência e razão dos nossos argumentos, foi cedendo e, não tendo chegado onde seria desejável, no nosso ponto de vista, foi uma conclusão de um processo dentro do que é considerado razoável”, sublinhou.

Os termos fundamentais do acordo assentam num aumento de 1% este ano, arredondado ao euro superior na remuneração base, sendo nas restantes rubricas de incidência pecuniária 1,0%. Já o prémio anual será de 185 euros (pago, de uma só vez, aos trabalhadores que à data do acordo estejam no ativo).

Quanto à distribuição dos lucros, o sindicato da Fiequimetal, segunda estrutura em termos de representatividade dos funcionários da EDP, revela que será realizado nos termos dos anos anteriores.

Em relação à proposta da Fiequimetal de aumento dos valores máximos e mínimos na retribuição de trabalho por turnos, a administração da EDP declarou “não ter condições nesta negociação para aceitar”, dado que houve um aumento na recente assinatura do ACT, deixando, no entanto, uma possibilidade em aberto em futura revisão.

Em dezembro, o plenário de trabalhadores da EDP tinha aprovado uma proposta de atualização da tabela salarial em 5,3%, justificada por não haver crise nas elétricas e por existir um “ataque aos trabalhadores que visa apenas beneficiar os acionistas e os administradores”.

A 30 de janeiro foi assinado pela Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal) o novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) depois de dois anos de negociações.

/Lusa

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