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Donald Trump nomeia agente envolvida em torturas para subdiretora da CIA

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nomeou Gina Haspel para o cargo de subdiretora da CIA, investigada pelo Senado por atos de tortura quando chefiava uma cadeia clandestina na Tailândia.

Gina Haspel, de 60 anos, trabalhou como agente infiltrada durante a maior parte da carreira e desempenhou um papel central na implementação do programa extrajudicial dos Estados Unidos que visava a captura, prisão e interrogatórios a suspeitos de terrorismo, após os atentados de 11 de setembro de 2001, em Nova Iorque.

A nova subdiretora da CIA, chefiada por Mike Pompeo, dirigiu na Tailândia o primeiro desses centros de detenção clandestinos dos EUA conhecidos como “black sites”.

Haspel esteve presente em pelo menos dois interrogatórios nos quais que foram utilizadas várias técnicas de tortura a dois alegados membros da Al Qaeda, Abu Zubaydah e Abd al Rahim al Nashiri, de acordo com os dados de uma investigação do Senado norte-americano.

Segundo documentos divulgados nos Estados Unidos, Zubaydah foi submetido 83 vezes à técnica de tortura “waterboard”, através da utilização de água e que simula o afogamento, impedindo o prisioneiro de respirar.

Destruição de gravações

Gina Haspel é também apontada como responsável pela destruição das gravações, em 2005, do registo das sessões de tortura a que foram submetidos os prisioneiros detidos no centro de detenção clandestino na Tailândia.

O desaparecimento das gravações, em 2013, impediu a promoção de Gina Haspel a diretora das operações clandestinas dos serviços de informações norte-americanos, um cargo que tinha de ser confirmado pelo Senado dos Estados Unidos.

Recentemente, o novo presidente dos EUA afirmou que a “tortura funciona” e que considera voltar a autorizar formalmente as técnicas de interrogatório de prisioneiros.

// Lusa

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