Diretora do Instituto do Audiovisual francês demitida por gastar 40 mil euros em táxis

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Agnès Saal, diretora da emissora pública de rádio e TV de França

Agnès Saal, diretora da emissora pública de rádio e TV de França

Uma directora da emissora pública de rádio e televisão de França foi obrigada a renunciar ao cargo depois de gastar mais de 40 mil euros em táxis, em apenas 10 meses.

Agnès Saal era directora do Instituto Nacional do Audiovisual (INA) de França, tendo-se demitido do cargo a pedido da ministra da Cultura do país.

Quando o escândalo veio a público, Saal afirmou que precisava de viajar de táxi, apesar de ter um carro da instituição e um motorista particular à sua disposição.

Durante esse período, no entanto, o filho terá sido responsável por gastar 6,7 mil euros do montante total – uma quantia que Saal afirma ter devolvido aos cofres públicos.

Segundo a edição de domingo do jornal francês Le Figaro, a ex-executiva afirma que ter emprestado o seu código de acesso ao seu filho foi um “erro tolo”.

Saal alegou, contudo, que precisava de andar de táxi porque o motorista particular não trabalhava às mesmas horas. “Não podia fazê-lo trabalhar 12 a 15 horas por dia, incluindo fins de semana. Além disso, não tenho carta de condução”, disse ela.

A ministra da Cultura francesa, Fleur Pellerin, pediu a Saal que renunciasse imediatamente ao cargo, através de uma nota do ministério divulgada esta terça-feira.

Agnès Saal assumiu no ano passado o cargo de directora do Instituto Nacional do Audiovisual, o órgão público responsável por preservar e promover os arquivos da rádio e da televisão do país.

Segundo a BBC, Saal substituiu Matthieu Gallet, que actualmente é director da rádio pública francesa e está no centro de um escândalo por ter gasto, alegadamente, 100 mil euros a remodelar o gabinete e 90 mil euros na contratação de uma agência de relações públicas enquanto preparava um plano de corte de gastos.

Os funcionários da Radio France, a rádio pública francesa, encerram no início de maio a mais longa greve da categoria. Ao todo, os trabalhadores ficaram parados durante 28 dias.

ZAP / BBC

1 Comment

  1. Será que esta Agnès Saal, é Luso-Descendente? Se não é certamente estagiou por cá nos gabinetes dos Governos de Portugal. A gastar assim, desta forma escandalosa, até parece!

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