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Direita quase partiu a mobília do Parlamento (com Ban Ki-moon a ver)

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parlamento.pt

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Os contratos de associação entre o Estado e os colégios privados foram um dos temas fortes do debate quinzenal desta sexta-feira, com PSD e CDS indignados com António Costa a quase “partirem a mobília” do Parlamento.

Num debate quinzenal que teve como convidado especial o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que foi aplaudido de pé por todas as bancadas parlamentares, a polémica dos contratos de associação firmados entre o Estado e alguns colégios privados foi o assunto central.

António Costa arrancou protestos ruidosos de PSD e CDS-PP quando acusou os sociais-democratas de enganarem as pessoas neste âmbito. Alguns deputados bateram com as mãos nas bancadas e o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, teve que lhes lembrar que “há formas regimentais de proteger a honra que passam por não estragar a mobília“.

Quanto ao assunto em si, António Costa sublinhou que “não é uma guerra religiosa ou confessional, só 25 escolas têm natureza confessional”. “O critério é da redundância”, atirou o primeiro-ministro.

“Não diabolizamos nada, não fazemos é confusões, nem fazemos demagogia à custa daquilo que é a confiança e a tranquilidade que as crianças e as famílias têm de ter relativamente àquilo que o senhor contratou e que, pelos vistos, enganou as pessoas sobre aquilo que contratou”, afirmou o primeiro-ministro, em resposta a uma pergunta colocada pelo líder social-democrata, Pedro Passos Coelho, que voltou aos debates no Parlamento, depois de ter optado pelo silêncio nas discussões anteriores.

E na primeira vez que interpelou o primeiro-ministro, desde o Congresso do PSD, em Março passado, o líder do PSD instou o governo a aguardar por um estudo detalhado do Conselho Nacional de Educação sobre os contratos de associação em vigor, evitando assim precipitar-se com uma decisão rápida sobre esta matéria.

Já a líder do CDS-PP, Assunção Cristas, exortou António Costa a assumir a verdade sobre a “austeridade à la esquerda” de um eventual plano B, mas António Costa reiterou a recusa de medidas adicionais.

Assunção Cristas desafiou ainda o primeiro-ministro a rever o imposto sobre os combustíveis semanalmente, considerando “inadmissível” a baixa em apenas um cêntimo, mas o chefe de Governo reiterou que o compromisso feito foi de uma revisão trimestral.

António Costa sublinhou que ninguém acreditou que o Governo descesse o imposto sobre os combustíveis “porque nunca ninguém baixou esse imposto” e sublinhou que a variação entre janeiro e abril foi uma redução de quatro cêntimos e o imposto foi reduzido de acordo com a compensação de receita do IVA, como tinha sido estabelecido.

Passos Coelho ainda anteviu um mau resultado económico e financeiro este ano, considerando que, sem uma correção da trajetória do Governo, nem o défice nem a dívida serão objetivos alcançados.

“Já se começa a ver que haverá um mau resultado este ano se o Governo não corrigir a trajetória”, afirmou, confrontando o primeiro-ministro com os últimos dados económicos conhecidos, falando da “destruição líquida” de 40 mil empregos no primeiro trimestre do ano, além da queda das exportações e do investimento.

ZAP / Lusa

3 Comments

  1. Mas que que é que deu a estes argiotas ,para andarem tao zangados alguem lhes esta a tirara a palha da frente ,mais uma vez digo quem quer luxos paga ,vaidades tambem, por vezes nao teem onde cair mortos ,mas para se armarem em ricos ,põem os filhos nos privas ,ai se os bancos fecham torneiras !!!!! .

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