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Diário Económico está a passar por uma “situação dramática”

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Uma penhora recente do fisco a receitas do jornal é o mais recente problema do Económico, que tem visto a sua situação financeira agravar-se de uma forma preocupante.

A situação financeira do Diário Económico está a passar por um momento complicado, sobretudo depois de uma penhora do fisco às receitas do jornal, admitiu o diretor Raul Vaz em entrevista ao jornal Expresso.

Este é “um novo obstáculo” que se junta a problemas como as dívidas aos fornecedores, défices sucessivos de tesouraria e atraso no pagamento de salários dos trabalhadores, com um passivo na ordem dos 30 milhões de euros.

“É verdade que falei com a redação porque a situação agravou-se e tornou-se muito complicada, para não dizer dramática. Mesmo que legítima, esta penhora do fisco foi inesperada e representa num novo obstáculo para o processamento de salários e pagamentos a fornecedores”, desabafou o diretor.

Questionado sobre o interesse do empresário angolano Domingos Vunge em comprar o jornal, Raul Vaz não aprofundou a questão mas reconheceu que está a haver “um processo de negociações”.

“Tenho estado empenhado e a dar um contributo para que se encontre uma alternativa que passe pela entrada de um novo investidor e de uma nova gestão”, conta.

Apesar de só ter neste momento um interessado, a venda do Económico já tinha suscitado a curiosidade de entidades como a Newshold, a Global Media e até de Isabel dos Santos.

É quase certo que já terá sido estabelecido um acordo para que o passivo de 30 milhões do Económico e da ETV fique na esfera da Ongoing, no entanto, segundo apurou o Expresso, em causa está o facto de a empresa que explora o os dois órgãos, a S.T. & S.F, ter um défice de tesouraria de mais de 200 mil euros por mês.

Raul Vaz espera que surja rapidamente “uma solução que permita manter a marca no mercado”. Em risco podem ficar os postos de trabalho de 160 trabalhadores.

ZAP

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