/

Estado pode perder dinheiro no Banif (e ficar com os activos tóxicos)

2

As propostas de compra da participação do Estado no Banif têm que ser entregues até às 20 horas desta sexta-feira e o cenário não se vislumbra positivo para as contas públicas. E o governo pode vir a recusar vender em saldos.

Até ao momento, já terão sido apresentadas seis propostas para a aquisição dos 60% que o Estado detém no banco. E os valores em causa “deverão ser baixos”, nota o Diário Económico, frisando que “os interessados vão poder deixar de fora a carteira de imobiliário e outros activos “problemáticos” do Banif”.

As propostas de compra deverão ficar muito longe dos 700 milhões de euros que o Estado gastou quando ficou com os 60% do Banif.

Mas, além das perdas directas no âmbito do processo de venda, as contas públicas poderão ainda ficar com uma factura a pagar durante tempo indeterminado por causa dos activos tóxicos do banco.

Perante este cenário, o governo estará a “ponderar alternativas à venda”, caso o negócio se assuma como demasiado prejudicial para o Estado, conforme adianta o Diário Económico.

“O Governo não quer que aconteça uma venda como a do BPN ao BIC, em que todos os anos aparece uma factura para o Estado pagar, à medida que vão aparecendo imparidades”, frisa uma fonte não identificada contactada pelo jornal.

Entretanto, a Comissão de Mercado de Valores Mobliários suspendeu as acções do Banif em bolsa, enquanto o processo de venda decorre.

Fonte oficial do Banif confirmou ao Dinheiro Vivo que “existem seis candidatos, europeus e americanos“.

Entre os interessados na compra estarão os bancos espanhóis Santander e Popular. Haverá ainda três fundos de capitais na corrida, e ainda a Apollo, que adquiriu a seguradora Tranquilidade.

ZAP

2 Comments

  1. O senhor Costa e extrema-esquerda que há dois meses atrás tinham solução para tudo isto certamente não irão agora falhar o alvo para depois não terem que andar a desculpar-se todos os dias com as falhas dos outros.

  2. Mais um assalto à carteira dos contribuintes tudo isto em governos PS. Para fugir à regra a venda (doação) do BPN ao BIC foi obra do PSD. Cá para mim esta venda assemelha-se às PPPs. É rendimento garantido durante anos. Foi dado por 40 milhões ao BIC (só a parte boa) mas todos os anos o estado tem que pagar uma factura que aparece. Até quando é que este regabofe se mantem? Aos bancos como em qualquer outra empresa a regra deveria ser: faliu, está falido. Garantem-se até aos 100.000 € o dinheiro dos depositantes e o resto vai ao ar. Revertendo a favor do estado o património da instituição, imobiliário ou não. O crédito mal parado será recuperado coercivamente pelas finanças como já acontece no que respeita às SCUTS.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.