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Deutsche Bank investigado por lavagem de dinheiro

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Nils Bremer / Flickr

Sede do Deutsche Bank em Frankfurt, na Alemanha

As autoridades norte-americanas estão a investigar o grupo alemão Deutsche Bank sobre uma alegada lavagem de dinheiro na Federação Russa, informaram esta segunda-feira fontes envolvidas no assunto.

A investigação está centrada em transacções no montante de milhares de milhões de dólares, feitas pelo Deutsche Bank na Federação Russa, que os reguladores financeiros do Estado de Nova Iorque suspeitam terem sido uma forma de tirar dinheiro de forma ilegal do país, disseram estas fontes à AFP.

O Departamento dos Serviços Financeiros (DFS, na sigla em Inglês) de Nova Iorque começou a investigar este importante banco alemão no início deste Verão.

Estas fontes conhecedoras do dossiê adiantaram que vários clientes russos procuraram sem sucesso corromper um empregado do Deutsche Bank em Moscovo, para procurar esconder a origem do seu dinheiro.

Uma porta-voz do Deutsche Bank disse que o maior credor alemão suspendeu “um pequeno número de indivíduos” do seu gabinete moscovita, durante uma inspecção interna.

“Estamos comprometidos com a participação nos esforços internacionais para detectar e combater actividades suspeitas e agimos onde encontramos provas de más práticas”, afirmou.

O Deutsche Bank informou os reguladores britânicos da Autoridade de Comportamento Financeiro e alemães do BaFin das suas investigações internas às transacções do escritório russo entre 2011 e 2015.

Os investigadores nova-iorquinos suspeitam que compras de títulos feitas em Moscovo, através do Deutsche Bank, foram compensadas em paralelo por outras operações via Deutsche Bank em Londres em divisas.

As investigações centram-se em saber se estas operações, designadas ‘negociações espelho’, permitiram a estes clientes movimentar grandes somas de dinheiro para fora da Federação Russa, escondendo a sua origem.

Em Abril, o Deutsche Bank foi multado em 600 milhões de dólares (545 milhões de euros) pelo DFS, na que foi uma parte das penalizações totais de 2,5 mil milhões de dólares aplicadas pelas autoridades norte-americanas e britânicas por o banco ter manipulado a taxa de juro interbancária, designada Libor, usada como referência em milhões de contratos em todo o mundo, na que foi uma conspiração que envolveu várias instituições financeiras.

/Lusa

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