Há dez doentes isolados com Klebsiella pneumoniae carbapenemase, no Centro Hospitalar Conde Ferreira, no Porto, a superbactéria que recentemente matou seis pessoas.
O Centro Hospitalar Conde Ferreira, no Porto, tem dez doentes isolados com a bactéria multiresistente Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), avança o Jornal de Notícias.
Esta é a mesma superbactéria que há cerca de um ano matou três pessoas no Hospital de Gaia e, em fevereiro passado, fez outras três mortes no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
Segundo o jornal, os doentes isolados são provenientes de outros hospitais com os quais a Santa Casa da Misericórdia do Porto mantém parcerias.
A Santa Casa recusou identificar os hospitais de origem destes doentes ao JN, confirmando apenas que estão “colonizados e não infetados” com a superbactéria.
“Após a confirmação do diagnóstico, os doentes foram imediatamente transferidos para uma unidade de isolamento para efeitos de tratamento, na sequência do qual já se verificou a regressão da bactéria em vários utentes”, informou o hospital.
“Foram tomadas todas as medidas preventivas protocolarmente necessárias, de modo a evitar o contágio de terceiros ou uma eventual evolução da infeção”, acrescentou.
Em declarações à Renascença, a sub-diretora geral da Saúde, Graça Freitas, garante que está a par da situação.
“Nós temos um programa especial que se destina a prevenir esse tipo de infeções e a diminuir a resistência das bactérias aos antibióticos”, começou por dizer.
“Esse programa, que tem uma coordenação nacional, segue atentamente com os hospitais a evolução desse tipo de bactérias e, obviamente, toma as medidas necessárias para minimizar essa questão”, explicou.
A KPC é altamente resistente a antibióticos e propaga-se através do contacto direto ou por secreções.
ZAP