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Desemprego no nível mais baixo dos últimos 4 anos e meio

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José Sena Goulão / Lusa

A taxa de desemprego fixou-se nos 11,9% de abril a junho, menos 1,8 pontos percentuais do que no trimestre anterior e 2,0 pontos percentuais abaixo do trimestre homólogo de 2014, segundo estimativas divulgadas esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Trata-se do valor mais baixo desde o final de 2010, e a maior queda desde pelo menos 1998. No entanto, as comparações diretas são limitadas, já que a fórmula para calcular a taxa de desemprego, em particular a forma de recolher os dados, foi alterada no início de 2011 para incluir as melhoras práticas estatísticas.

No segundo trimestre deste ano, o INE aponta para uma diminuição trimestral de 13,0% e uma diminuição homóloga de 14,9% da população desempregada (menos 92,5 mil e menos 108,5 mil pessoas, respetivamente), para um total de 620,4 mil pessoas.

Já a população empregada foi estimada em 4.580,8 pessoas, o que corresponde a um acréscimo trimestral de 2,3% (mais 103,7 mil pessoas) e a um aumento homólogo de 1,5% (mais 66,2 mil pessoas).

Nestas estimativas trimestrais foi considerada a população com 15 e mais anos e os valores não foram previamente ajustados de sazonalidade.

Trabalhadores do INE falam em “aproveitamento político” dos dados do desemprego, Passos nega

No início desta semana, a Comissão de Trabalhadores do INE alertou para um “aproveitamento político” dos dados sobre desemprego e alerta para “situações de interpretação abusiva” da informação devido ao aproximar de eleições.

“A Comissão de Trabalhadores do Instituto Nacional de Estatística expressa o seu repúdio pelo aproveitamento político que tem sido feito da informação produzida pelo INE, pondo em causa a credibilidade e independência da instituição e dos seus trabalhadores”, lê-se no comunicado enviado às redações, a propósito da polémica em torno dos dados do desemprego e das reações tanto da parte do Governo como dos partidos políticos.

O INE divulgou na semana passada que a taxa de desemprego foi de 12,4% em junho e reviu significativamente para baixo – em 0,8 pontos percentuais – a taxa estimada para maio.

Os valores de maio estão a provocar mal-estar entre o Governo e o INE, e chegaram ao debate político, depois de a primeira estimativa do desemprego de maio ter apontado para um aumento do desemprego, ao passar para 13,2%, tendo afinal sido revisto esse valor para 12,4%, o mesmo que foi apurado para o mês de junho.

O primeiro-ministro, no entanto, refutou as críticas da comissão de trabalhadores do INE e lamentou que a oposição esteja sempre à espera de resultados negativos.

“Não me parece que só haja razão para comentar os dados quando eles são maus”, defendeu Pedro Passos Coelho, esta terça-feira, recusando qualquer “aproveitamento político” na interpretação dos dados divulgados pelo INE relativamente ao desemprego.

ZAP / Lusa

17 Comments

  1. Mais uma “boa” notícia para o partido do Dr. Costa e toda a restante tralha Socratista. Se os portugueses tiverem juízo, como espero, em Novembro veremos o inefável Dr. Costa sentado nas bancadas da oposição (ou da quadratura, sei lá, já que pagam melhor)

      • …Tal como o discurso do crescimento para chinês ouvir? É difícil um desenho para dircursos! Não é?

      • Concorda então na existência duas linhas de discursos: Interno e Externo. Sugiro que tente explicar esse princípio básico às luminárias do seu partido quando for oposição.
        PS – Se eu fosse laranja, propunha o “rebranding” de Partido Xuxial Democrata para Partido do Chá. Em nome da transparência,

      • …O “consumo interno” é menos exigente quando as plateias são mais informadas.
        “Branding” em política? Pela amor da nª sª dos atilhos e anzois!
        NB.- Sem heresia.

  2. Mas isto é para alguém acreditar? Eu acho que é uma desonestidade, e que nós como parvos, cosentimos. Isto tem de acabar. Quero la saber se na Europa é assim ou não? Não pago impostos para aldrabões mentirosos como estes.

  3. Em 2011 estávamos na banca rota com 90% da divida neste momento estamos com divida de 120% e já está tudo bem. Apareceu uma fada e transformou tudo num paraíso. Aldrabões mentirosos mas em Évora tem alguns quartos vagos para serem ocupados. Ainda vou ver muita coisa.

    • Enganou-se meu caro Patareco. Estávamos na banca rota porque não havia dinheiro para pagar os nossos ordenados e as nossas pensões. Por outras palavras etávamos “a la syrisa”. Quanto aos quartos vagos, já começaram a chegar alguns inquilinos e, como dizia alguém neste forum, “apressem as eleições porque poderão haver partidos que perdem por falta de comparência”. Por falar em comparência, talvez o próximo inquilino de Évora seja o Dr. Soares, a julgar pelas inúmeras visitas deve estar interessado em alugar algum quartinho.

    • Oh PATARECO!
      Em 2011, tesos, era 93% do PIB + a 1ª tranche! Depois + a 2ª Tranche! Não é? E foram mais 10 tranches…. Então teremos (93% do PIB + 1ª + 2ª +3ª….+ 11ª = 140% – Atendendo que Portugal prescindiu da última tranche, concluiu em menos de 3 anos o programa de ajustamento imposto e está em 120% decorrido 1 ano após a independência daquele jugo!
      Oh PATARECO isto é coisa, grosso modo, de somar e subtrair carago!

  4. Esta é mesmo conversa para camelos. Então se durante os meses de Abril Maio e Junho a taxa foi sempre superior a 12%, como é que agora por artes deste trafulha deste governo aparece com 11,9%. Milagre ou querem-nos fazer passar por estúpidos.

  5. O meu comentário é só este ninguém terá que ter medo dos números
    Basta os desempregados votarem nas próximas eleições
    Se votarem descontentes com a sua situação e se forem à volta de 1 milhão então poderão decidir o resultado das eleições
    Já agora deixem me retificar estávamos em pre bancarrota o que é muito diferente
    Sejamos claros se não tivesse havido eleições nessa altura haveria intervencao da Troika em Portugal nessa altura como aconteceu agora na Grécia

    • …Salvaguardando que só entram nos países depois de convidados, qto a nós, foi de um dia para o outro. Sócrates, em nome dos superiores interesses de Portugal (consequência da sua governança) impingiu ao novo governo a imposição de um programa de governo com perda de independência por 3 anos… Veja-se que os que os meteram cá limitam-se ao argumentário “além da troika” ! Cumpriram o programa deles e é o que lhes resta dizer?

  6. Se estes aldrabões querem saber onde estão os desempregados, é só ir aos centros de formações. Estão lá todos, os que recebem subs. de desemprego, os que testão a receber rsi, e os que só vão para receberem a bolsa porque é o seu único sustento. Tenham vergonha aldrabões, não brinquem mais com as pessoas.

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