Descoberta uma bactéria devoradora de plástico que pode revolucionar a reciclagem

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assortedstuff / Flickr

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Investigadores japoneses descobriram uma bactéria que se alimenta de um tipo de plástico que pode ser encontrado, por exemplo, nas garrafas de água.

A recente descoberta de uma nova bactéria que se alimenta de plástico poderá, num futuro próximo, abrir um caminho revolucionário quando se fala de reciclagem.

Segundo o The Verge, a descoberta foi feita por investigadores japoneses que pretendem agora estudar melhor a já batizada Ideonella sakaiensis.

De acordo com a equipa de investigação, este microrganismo tem um processo digestivo lento e revela a capacidade de se alimentar de um tipo de plástico conhecido por politereftalato de etileno (PET).

Este é um plástico forte, muito leve e conhecido por ter uma grande resistência à água, por isso é tão frequentemente usado em produtos como as garrafas de água.

Esta sua resistência acaba por ser uma grande vantagem aos olhos da indústria mas, pelo lado inverso, é um enorme perigo para o ambiente porque demora muito tempo a degradar-se.

Segundo o The Verge, estima-se que uma garrafa de água demore cerca de 450 anos para desaparecer do meio ambiente. Por isso, a nova bactéria pode vir a revelar-se uma grande ajuda para resolver este problema.

De acordo com o estudo publicado na revista Science, o microrganismo foi descoberto depois de os cientistas terem analisado 250 amostras deste plástico.

Os investigadores descobriram que a bactéria demora seis semanas para acabar apenas com um pequeno pedaço de baixa qualidade de PET, portanto, devorar um de alta qualidade deverá demorar ainda mais tempo.

Apesar disso, os cientistas acreditam que se deve apostar neste microrganismo e, através de investigações mais aprofundadas, tentar encontrar uma forma de acelerar o processo.

Esta não é a primeira vez que os investigadores estão perto de descobrir uma “forma revolucionária” de reciclar as grandes quantidades de plástico produzidas todos os anos.

Investigadores da Universidade de Stanford, na Califórnia, também encontraram no ano passado uma larva que se consegue alimentar só deste material.

ZAP

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