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Depois de Aylan, já morreram afogadas 358 crianças no Mediterrâneo

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golgetiyatro / Twitter

Uma ilustração com base na imagem do pequeno Aylan Kurdi foi uma das vítimas do naufrágio de uma embarcação com migrantes sírios, na Turquia

Uma ilustração com base na imagem do pequeno Aylan Kurdi foi uma das vítimas do naufrágio de uma embarcação com migrantes sírios, na Turquia

A imagem do pequeno Aylan Kurdi morto numa praia turca espalhou-se nas redes sociais e causou emoção em todo o mundo. Mas a Organização Internacional para as Migrações alerta que tragédias como a do menino sírio continuam a acontecer todos os dias.

Segundo dados da OIM, apenas 217 dias após a tragédia que vitimou o menino curdo de três anos, 358 crianças já foram vítimas de afogamento na costa do Mediterrâneo.

As mortes destes menores, todas ocorridas nas águas do Mediterrâneo que separam a Turquia da Grécia, representam quase metade de todas as vítimas mortais mortas nesta rota, no mesmo período.

As crianças, normalmente embarcadas com a família em pequenos botes para fugir dos seus países em busca de melhores condições de vida, enfrentam perigos acrescidos e correm um risco elevado de vida durante a travessia.

Segundo fontes citadas pela OIM, esta quarta-feira ocorreu mais uma tragédia na costa da Líbia, quando um bote de borracha com 120 migrantes naufragou, pouco depois de partir em direcção a Itália.

31 migrantes foram resgatados pela marinha líbia, mas 89 náufragos continuam desaparecidos.

Aylan Kurdi, o menino curdo que morreu a 2 de setembro numa praia turca, viajava com a família, à qual tinha sido recusado o pedido de asilo ao Canadá, quando o barco em que viajavam naufragou. Apenas o pai se salvou do naufrágio.

As imagens do corpo de Aylan, morto sobre a areia da praia, percorreram a internet e emocionaram o mundo inteiro.

Desde então, 358 outros Aylans morreram.

ZAP

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