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Defeito genético elimina intolerância e aumenta a sociabilidade

Um neuro-cientista brasileiro, Alysson Muotri, descobriu o gene que é capaz de tornar as pessoas mais sociais, tolerantes e atentas aos problemas alheios.

De acordo com o estudo publicado na revista científica Nature, o gene FZD9 pode ser o responsável pelos comportamentos individualistas, preconceituosos e intolerantes.

O investigador analisou um grupo de pessoas com a Síndrome de Williams – uma condição rara que se carateriza por uma personalidade altamente sociável, até mesmo com pessoas estranhas.

Esta condição deve-se à ausência do gene FZD9 e à existência de 25 genes no cromossoma 7 durante o desenvolvimento do bebé.

Dos cinco pacientes analisados, quatro eram muito sociais e tinham as caraterísticas genéticas referentes à doença.

Mas um dos pacientes envolvidos no estudo não era tão social – e tinha duas cópias do gene FZD9, tal como a grande maioria das pessoas.

Muotri concluiu que, na falta desse gene, os neurónios ficam ultra-ligados e produzem um maior número de sinapses, que têm um papel importante na sensação de dor ou alegria, podendo as alterações no seu funcionamento resultar em problemas sociais e de comunicação.

Assim, a presença do gene FZD9 é associada a um comportamento menos social.

“Esse gene contribui para o preconceito ou para a intolerância, enquanto que o amor pelo próximo pode ser causado por um defeito genético”, destacou o investigador.

As pessoas com autismo possuem três cópias deste gene e têm grandes problemas de socialização.

BZR, ZAP

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