Daniel Neves diz que não é um monstro e que um dia se saberá porque matou

O jovem de 17 anos que matou um rapaz de 14, em Salvaterra de Magos, diz que não é “um monstro” nem “mau”, mas não revela porque matou, sublinhando que “um dia saberão os motivos todos”.

“Não sou um monstro, não sou mau e um dia, quando o processo for público, vão perceber isso”.

Esta é uma das frases que Daniel Neves, o jovem de Salvaterra de Magos que está acusado do homicídio de Filipe Costa, escreve numa carta divulgada pelo Correio da Manhã na edição desta quarta-feira.

“Um dia saberão os motivos todos e irão ver que nada tem a ver com o que dizem“, afiança o adolescente de 17 anos, que diz que é “mentira” que tenha cometido o crime para “roubar as roupas ao Filipe”. “Acreditem que quando souberem a verdade irão me entender”, afirma.

Daniel Neves fala da saudade dos irmãos, mas não da mãe.

O jovem queixa-se que a mãe vou visitá-lo apenas uma vez e que esteve com ele na prisão “cerca de dez minutos e uma das questões mais importantes foi para mudar de advogada”. O Correio da Manhã sustenta que o jovem não autoriza as visitas da mãe no Estabelecimento prisional de Leiria, onde se encontra detido preventivamente.

Da carta ficam ainda as palavras de elogio para a sua advogada, Teresa Manique, de quem fala como “quase uma mãe”, observando que lhe tem dado “roupa, objectos que fazem falta e já agora, carinhos”. “Não vale a pena mais nenhum advogado telefonar, pois é com ela que quero ficar”, assegura.

Agradecendo a duas amigas “que deram a cara”, aos psicólogos que o têm seguido, aos reclusos e aos guardas prisionais, Daniel Neves pede ainda à mãe, através do CM, para lhe mandar vários objectos pessoais para a cadeia, incluindo o computador portátil, o telemóvel, os headphones e roupas.

ZAP